SONO PESADO

(Foto: Staff Images)

(Foto: Staff Images)

Acabou o jogo. Como se esperava, ante enorme fragilidade da Venezuela, vencemos por 3 a 1 e, poderia ter sido de 4, 5, ou 6 a 1.

Tipo do jogo onde é difícil se concluir alguma coisa, ou mesmo ficar muito animado com a vitória, até porque, se não ganharmos da Venezuela, em casa, vamos ganhar de quem?

Em termos práticos, a importância dos três pontos, num início de eliminatória, em que a atual vice-campeã do mundo – sem Messi, é verdade – dos seis pontos possíveis, conseguiu apenas um.

Em contrapartida, o Uruguai, sem Luizito Soares e Cavani, seus dois maiores astros, conseguiu duas vitórias, e lidera, ao lado do Equador, com seis pontos, e do Chile, que venceu há pouco o Peru, fora de casa, por 4 a 3.

Claro que muita coisa ainda irá acontecer. Há tempo para tudo. Para o melhor e, para o pior.

Por que o título, SONO PESADO?

Explico. Achei a barração de Jefferson injusta, inoportuna e perigosa. Injusta, pelo fato de Jefferson ter sido rifado após falha discutível no jogo contra o Chile, embora possuidor de um saldo pra lá de positivo, desde que se tornou titular da seleção. A barração foi inoportuna, na medida em que o adversário era a frágil Venezuela.

Mesmo que Dunga tivesse perdido a confiança no seu goleiro titular, tirá-lo neste momento, seria, como foi, jogá-lo às feras, num jogo sem o menor risco. A forma como Jefferson foi barrado, pelo que conheço no futebol, deve ter deixado os jogadores desconfiados, com relação ao comportamento do treinador. O fato foi perigoso, em termos futuros. Para Dunga…

Vou dormir com o sentimento de que algo injusto ocorreu. Sono, certamente, pesado…

A injustiça, seja qual for, me faz mal a alma.