Antes tarde do que nunca

Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro e da Primeira Liga (Foto: Douglas Magno).

Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro e da Primeira Liga (Foto: Douglas Magno).

Muito bom que clubes, Federação do Rio e CBF tenham chegado à conclusão de que briga é arma de quem tem pouca inteligência e sensibilidade.

Os clubes do Nordeste foram os primeiros a entender a importância de qualificar o calendário. Como já disse aqui, mil vezes melhor, técnica e financeiramente, um BAHIA x SANTA CRUZ, pela Copa do Nordeste, do que BAHIA x TRÊS COQUINHOS, pelo Campeonato Baiano. Lá, o diálogo possibilitou o entendimento entre clubes e federações e aí, ficou tranquilo para a CBF assinar em baixo.

O tempo está fazendo com que os presidentes das federações entendam que não há mais espaço para os jogos deficitários que acontecem nos campeonatos estaduais. O mundo mudou. A qualidade gera interesse e, o interesse gera recursos. Da mesma forma, a tradição deve ser respeitada com a manutenção dos estaduais, só que, em outro formato, com redução de datas, que passariam a ser utilizadas nos campeonatos regionais.

Outro ponto que os presidentes das federações não conseguem entender, é que não vão perder prestígio, e tão pouco dinheiro. Os jogos, pelos campeonatos regionais, serão também de responsabilidade das federações, que continuarão a cobrar as suas taxas normalmente. A vantagem é que o público será maior e, consequentemente, o resultado financeiro também.

Aí, alguém pode argumentar que o direito de TV será negociado pela Liga, e não pelas federações. Claro, até porque o campeonato regional será organizado pela Liga, portanto cabe a ela a comercialização.

Enfim, vejo esta evolução como algo inevitável, onde a última federação a capitular será a Paulista. Aí, quando isto acontecer, o Torneio Rio/São Paulo será definitivo no calendário oficial.

Se for através da boa política, do entendimento, tudo vai acontecer bem mais rápido.

Conversar, é preciso…