Casa, comida e roupa lavada

Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Muricy Ramalho, mais uma vez, voltou a tocar no assunto que está deixando a diretoria de futebol do Flamengo à beira de um ataque de nervos.

Após o jogo, o treinador deu ênfase à importância do Flamengo ter uma casa, principalmente durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Segundo Muricy, esta “casa” pode ser em Brasília, desde que, só se jogue na cidade como mandante.

Com todo respeito, discordo. Não por Brasília ou, pelos torcedores rubro-negros que lá moram. Apenas por uma questão de lógica, até porque, e com toda razão, Muricy faz o apelo para o Flamengo ter uma “casa”, a fim de evitar o desgaste dos jogadores com as sucessivas viagens.

Eu até concordaria com a ideia, desde que todos os jogadores se mudassem temporariamente para Brasília. Se isto não acontecer, o espírito cigano será minimizado na quantidade de cidades, porém, pouca diferença fará no número de horas viajadas, já que, como visitante, ou como mandante, o time sempre viajará, mesmo que, como mandante, para a mesma cidade.

A melhor solução foi adotada pelo Botafogo, que fez de São Januário a sua “casa”, enquanto Maracanã e Engenhão estiverem indisponíveis.

Em síntese, defender a tese de fazer de Brasília a “casa rubro-negra”, pode ser bom por qualquer outro motivo, menos o de se evitar um desgaste físico em função das viagens.