Camisa 10

camisa-retro-do-flamengo-1987-a-1992-lubrax-16023-MLB20113849237_062014-FNão há na vida nada que, por melhor que seja, não tenha um lado negativo. E, a recíproca é verdadeira.

De todo este episódio envolvendo a contratação de Diego, num turbilhão de aspectos positivos, como a agilidade e sensibilidade da diretoria de futebol na contratação, o envolvimento do jogador que sempre demonstrou desejo em jogar no Flamengo, a participação da torcida que proporcionou uma acolhida espetacular na chegada e, até a própria sorte, em função do momento difícil na Turquia ter contribuído para o sucesso da operação, há também o lado negativo.

Que negócio é esse de camisa 35?

Pelo que pude apurar, a decisão de não se entregar a camisa 10 a Diego foi para evitar qualquer melindre junto a Ederson que, até aqui, com ela vem jogando.

É aquele tal negócio: com jeitinho, com carinho, com habilidade, tudo se ajeita, principalmente quando a causa é justa.

A camisa 10 é a marca registrada do craque do time e, muitas vezes, do ídolo. Desde Pelé, até Zico, tem sido assim. Virou regra e, como para toda regra há exceção, houve Romário, que consagrou a camisa 11.

Embora a preocupação em não melindrar seja louvável, acaba causando um certo constrangimento, pois é como se estivesse mudando o curso da natureza. Acho até que o próprio Ederson não deve estar se sentindo bem. Meio que estar com alguma coisa que sabe não lhe pertencer.

Aliás, fosse eu o Ederson, em ato solene, entregaria a camisa 10 para o Diego. Marcaria ele um gol de placa, onde, sensibilidade, humildade e inteligência ficariam flagrantes.

Além de contrariar a natureza, Diego não utilizar a camisa 10 é o próprio anti-marketing. O ídolo e a camisa 10, foram feitos um para o outro. Separá-los, é crime.

Proponho aqui, uma enquete, e a pergunta é simples:  COM QUE NÚMERO NA CAMISA DEVE JOGAR DIEGO NO FLAMENGO?