Seleção caminhando

(Foto Fernando Dantas / Gazeta Press)

(Foto Fernando Dantas / Gazeta Press)

Pra começar, um jogo difícil, contra uma seleção colombiana que vem trabalhando há muito mais tempo do que a nossa.

O início foi nervoso, com a bola queimando nos pés de alguns jogadores. O gol de falta de Neymar deu tranquilidade ao time que teve competência para administrar o resultado e, quando a Colômbia partiu para o tudo ou nada, os espaços apareceram e aí fizemos o segundo gol.

O pessoal da frente, que neste esquema “kamikaze” é obrigado a compor o meio e combater muito, fugindo à característica natural de cada um, até que se saiu bem, muito embora, muito melhor seria ter jogadores de meio campo para o setor em pauta.

Sem querer ser chato, repito que o maior erro nesta convocação foi a ausência do tricolor Gustavo Scarpa, que neste time encaixaria como se luva fosse.

Agora, é encarar Honduras, o adversário de quarta-feira no Maracanã, com total seriedade. O jogo é jogado e, em futebol não há mais nenhum bobo. Depois de passar por Honduras, aí sim, pensar na final que, tudo indica, deve ser contra a Alemanha, o que para nós terá, inevitavelmente, todo um clima de revanche. E, nada vai adiantar se dizer que é outra competição, que os jogadores são outros. O que vale é que será (tomara…) um Brasil e Alemanha.

Detalhe final. Vi o jogo no Sportv e, Edinho que comentou o jogo, está coberto de razão. Neymar não tem nada que ser capitão. Ao invés de se preocupar em criar as jogadas, fica perdendo tempo batendo boca com o árbitro e com os adversários. Perda de tempo e de energia.

Se Pelé não foi capitão, por que motivo o principal jogador de um time ou seleção se acha no direito de colocar a faixa no braço? Modismo, convenhamos, pouco inteligente, abonado pelos “professores” que se rendem aos mimos e vontades dos nossos raros talentos que, no fundo, se acham donos do time.

Isto precisar mudar. E, rápido.