Cumplicidade e tristeza

 (Fotos: Pedro Martins/MoWA Press)

(Fotos: Pedro Martins/MoWA Press)

Cumplicidade

Achei lindo o gesto de Tite presenteando Renato Augusto com uma pulseira, rigorosamente igual à que ele usa. Nada mais pertinente do que materializar o amor. O nome disto é cumplicidade que, produto é de um somatório de afinidade, confiança, admiração e carinho.

Já disse ao Renato e, repito aqui, que Tite me encanta como ser humano e como profissional.

Quase trabalhamos juntos. Naquela loucura de 2005, quando o perigo de ir para a segunda divisão era enorme, assumindo o futebol, Tite foi minha primeira opção. Não topou. Acho que imaginou que poderia estar entrando numa canoa furada. Entendi à época e, continuo entendendo. Felizmente, o Flamengo ressurgiu das cinzas e, de uma iminente degola, muitas conquistas. Penta-tri, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Tite, ao mesmo tempo, acumulou títulos e chegou ao topo como treinador da Seleção Brasileira.

Diria mesmo, sem medo de errar, que Flamengo e Tite foram feitos um para o outro. Quem sabe um dia…


(Foto: Dhavid Normando / Futura Press)

(Foto: Dhavid Normando / Futura Press)

Tristeza

Poucas vezes, em se tratando de futebol, me senti tão mal.

Que coisa horrorosa este negócio de Leo Moura, pelo que li, recorrer ao judiciário, exigindo uma fortuna do Flamengo pelas horas extras trabalhadas.

Não quero aqui entrar no mérito da questão, embora tenha absoluta convicção de que cada um de nós escolhe o seu caminho e, há determinadas profissões que são atípicas.

Outro dia mesmo, comentava com alguns adolescentes que começam a pesquisar interiormente o querem da vida, que não há preço para o trabalho que é prazer.

Num tempo enorme nesta vida, como profissional do rádio, não tive sábado, domingo e, feriado. Até porque, exatamente nestes momentos, havia futebol. Já houve até um ano, no Mundialito do Uruguai, que Natal e Ano Novo foram fora de casa.

Não me arrependo de nada e dou graças a Deus de ter escolhido o caminho onde trabalho e prazer se misturavam.

Prefiro imaginar, até porque Leonardo Moura é um bom caráter, um ser sensível, que isto possa ser obra de algum mau conselheiro, provavelmente interessado em colocar algum trocado no bolso.

Leo, acorda!!! Não jogue para o alto a imagem que você construiu no Flamengo com amor e dedicação. E, a recíproca, foi verdadeira. Sempre!

Por favor, reflita…