Pacotão

(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

. Como vivemos no mundo onde, através da internet, a comunicação ficou praticamente instantânea e, onde criticar ficou muito mais fácil, difícil se encontrar palavras de reconhecimento e, portanto, de elogio.

Claro que o departamento de futebol do Flamengo, desde o início da gestão de Eduardo Bandeira de Mello, cometeu equívocos. Como tenho horror a retrovisor e, consequentemente, olho muito mais para frente do que para trás, não dá para não deixar de observar que a “máquina” pensante do futebol rubro-negro começa a ficar azeitada, atenta e, criativa.

A negociação de Jorge para o Mônaco e, as providências relativas a este fato, demonstram claramente que o nosso time de dirigentes está atento e trabalhando com rapidez e competência. Ante a iminente venda de Jorge, Trauco foi contratado e, como quem tem um, não tem nenhum, Renê, do Sport, está chegando.

Como não elogiar?


(Foto: CBF)

. Agora, um convite a uma profunda meditação. Como é possível um país de pouco mais de três milhões de habitantes, onde os idosos predominam, formar uma seleção de jovens, com idade inferior a 20 anos, melhor do que a nossa, um país com mais de 200 milhões de habitantes e, que respira futebol o dia inteiro?

Há algo errado com esta seleção sub-20 do Brasil, que disputa no Chile o Sul-Americano da categoria. O título, depois da derrota para o Uruguai, ficou complicado. Com certeza, a defesa da má performance será com o argumento de que o importante é ir ao mundial, isto é, pelo menos ficar em quarto lugar. Ao invés de discordar de quem assim pensa, prefiro sugerir uma profunda reflexão com relação ao trabalho realizado. Este será o primeiro passo para se evitar um papelão no mundial.


(Foto: Maurício Rummens Agência Lancepress!)

. Jogador complicado, sempre houve e, sempre haverá. Quando o jogador é complicado, mas é bom de bola, sempre se deu um jeito e, outro jeito não há.

O tema do momento é o atacante Sassá, do Botafogo. Pelo que li e ouvi, aprontou algumas, o que deixou o a diretoria do Botafogo irritada que, em consequência, puniu o jogador. Até aí, perfeito. O problema é quando os dirigentes punem o jogador, e por tabela, também o clube. Punir Sassá, ok. Agora, não inscrever o atacante na Libertadores, anunciando como medida punitiva, é de doer, pois aí quem está sendo punido é o clube.

Já vi este filme muitas vezes. Como em todas as outras, o Botafogo vai perder e, os dirigentes vão se arrepender.

Antes que alguém leia este raciocínio de forma distorcida, quero deixar bem claro que indisciplina tem que ser punida, porém, com inteligência.