Esclarecimento 2

Desculpem, queridos companheiros do blog, mas preciso voltar ao assunto abordado no post de ontem, cujo título foi “Esclarecimento” (ler aqui).

Citei ontem o absurdo comercial de se pagar uma propina no mês de abril e, o contrato relativo a este malfeito só ser assinado em dezembro.

Na realidade, acabei omitindo o que há de mais importante, de irrefutável. A procuradoria dos Estados Unidos, em documento tornado público nos últimos dias, cita duas empresas – Itasca e Exterpise – em que uma delas teria recebido, em abril de 2011, da Klefer Int. a importância de um milhão de dólares, quantia esta que seria destinada a pagar propina pelo contrato referente a Copa do Brasil.

Três detalhes:

1 – Em abril de 2011 sequer sonhávamos em celebrar este contrato. Bem no inicio de dezembro de 2011, fui procurado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ouvi dele que, pelo fato da Conmebol ter declarado J. Hawilla persona non grata ao futebol sul-americano e, de ter proibido todas as federações do continente sul-americano a ter qualquer relação comercial com a Traffic, a CBF, atendendo orientação de seu departamento jurídico, não renovaria o contrato da Copa do Brasil com a Traffic e, atendendo determinação da Conmebol, celebraria com outra empresa um novo contrato. Disse que tinha uma semana para dar solução ao tema e nos pediu uma proposta. Debatemos internamente o assunto e, uma semana após apresentamos proposta, que foi aceita. Ato contínuo, assinamos o contrato. Tudo isto que aqui relato, ocorreu no mês de dezembro de 2011. A insinuação – até porque a procuradoria não acusa e sim, colocando sempre no condicional, insinua – de que este depósito, em abril de 2011, se destinaria a pagar propina pela Copa do Brasil, vai por terra, na medida em que, em abril de 2011 sequer imaginávamos comprar os direitos relativos à Copa do Brasil.

2 – Jamais ouvimos falar e nunca nos relacionamos de qualquer forma com as empresas citadas: Itasca e Exterpise.

3 – Estamos fazendo levantamento interno de todas as operações feitas pela Klefer, material este que será encaminhado à procuradoria dos Estados Unidos, pelo nosso advogado Dr. Michel Assef Filho.