Fatos e comentários em uma segunda-feira deliciosa…

(Reprodução da TV)

. Lindo o “Globo Esporte” desta segunda-feira. O pessoal da TV Globo deu um verdadeiro show, reunindo a maioria dos jogadores campeões cariocas e, com eles, todos os temas referentes ao Fla-Flu de ontem sendo desenvolvidos.

Muito legal a presença do torcedor para devolver a camisa de Rodinei (veja o trecho aqui), como emocionante e pitoresco o lance dos casais separados, com os homens torcendo pelo Flamengo, e as mulheres pelo Fluminense. Edição espetacular. Matérias oportunas, sensíveis, emocionantes e, pra lá de atualizadas. E, para variar, o Escobar dando um show de simpatia e de comunicação. Programaço!!!


(Foto: Rudy Trindade)

. Para os que acham que o Campeonato Carioca é uma competição ultrapassada. Ontem, a TV Globo bateu todos os seus recordes de audiência, superando novelas e Seleção Brasileira. A audiência estava tão acima da expectativa que, ao final do jogo, ao invés de entrar o meu amigo Faustão, foi para o ar toda a comemoração e a premiação dos campeões.

Esta é uma tese que defendo há um tempo enorme. O Campeonato Carioca é um produto espetacular. O único problema se resume ao formato, pois, com o calendário mais aberto, é necessária uma adequação também no campeonato estadual, com um número menor de participantes ou, com uma fórmula que diminua a quantidade de jogos.

O que não se pode é mudar a cultura futebolística do país, pelo fato de na Europa não ser assim. Ora bolas, dane-se a Europa. Aqui, numa cidade com quatro clubes gigantes, cabe sim o campeonato estadual, onde a rivalidade fica muito mais aflorada e, com jogos e decisões mais pegados e sofridos. Que o pessoal da Federação tenha se tocado, no sentido de que o produto é excepcional, porém precisa ser tratado com mais cuidado, com mais sensibilidade e, inteligência. Os extraordinários índices de audiência de ontem da Rede Globo deixam claro que o carioca adora o seu campeonato. E, quem não aqui vive, também…


. Como dirigente, dos 34 campeonatos estaduais conquistados, tive a honra e o privilégio de participar de quatro: 1996 (invicto, com 22 jogos disputados), 2007, 2008 e 2009, no conhecido penta-tri.

Ontem, recebi no nosso camarote as visitas de dois ex-campeões, Fábio Luciano e Rodrigo Arroz. Fábio Luciano, assim como Romário, se transformou em um rubro-negro apaixonado. Além de excepcional zagueiro, penta-tri campeão, foi um líder na acepção da palavra e, sem medo de errar, a liderança mais positiva que já vi no futebol.

Rodrigo Arroz nasceu Flamengo e continua o mesmo torcedor enlouquecido. Uma curiosidade é que os dois não conseguem ver o jogo sentados. Precisam estar em pé e em movimento, como se ainda jogando estivessem. Revivemos os nossos momentos de alegria e comemoramos juntos, com total euforia, como rubro-negros apaixonados, mais uma grande conquista. Como foi bom estar com eles neste momento mágico… Se chorei? Claro! E… muito!


(Reprodução da internet)

. Vamos agora falar de um absurdo. O Maracanã custou pra lá de bilhão de reais e, a sua configuração é uma vergonha, onde a segurança passa ao largo. Para se entrar em um dos portões de garagem é preciso passar no meio do povo. Quando o povo é a favor ou, reza na sua cartilha, tudo bem. Apenas o cuidado para não se atropelar os pedestres que, ficam à mercê de motoristas bons ou ruins, mais ou menos responsáveis. Uma vergonha…

Agora, quando o jogo é de duas torcidas, quem é rubro-negro e entra pelo portão 9 do Maracanã, encontra ali – com um enorme bar em frente, onde a torcida adversária bebe até não aguentar mais – um clima de animosidade assustador. Ontem, com meus filhos e netos, tivemos que passar por um perrengue fora do normal, ouvindo ameaças e o coro: “Kleber Leite….Viado!!!” “Kleber Leite…Viado!!!” Meus dois netos, um de 10 e outro de cinco, ficaram muito assustados e, coube ao Cadu, uma tirada muito interessante, ao ouvir o corinho da torcida tricolor. “Olha quem fala…” Espetacular!!!


. Pior, passaram Fábio Luciano e Rodrigo Arroz, que chegaram mais tarde, consequentemente com muito mais torcedores tricolores pra lá de Bagdá, e quase tiveram o carro virado, em ato de puro vandalismo. Felizmente, mas com o carro avariado, conseguiram entrar. Em síntese, esta concentração de torcedores, que ficam enchendo a cara e agredindo a quem simplesmente chega para ver um jogo de futebol, merece uma melhor avaliação por parte das autoridades responsáveis, antes que uma tragédia aconteça.


(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. Vamos falar do jogo? Começo pelo gol. O nosso Muralha anda tão questionado pela nossa torcida e, aqui pra nós, não sem sentido, acabou me demonstrando que, quando o torcedor está de má vontade, realmente distorce os fatos. No primeiro gol do Fluminense, meio confuso, não faltou entre nós quem comentasse, e com ênfase, que a culpa havia sido do goleiro. Vendo o lance depois do jogo mais de 20 vezes, fica claro que não houve culpa alguma de Muralha no gol do Fluminense. Aliás, é bom que fique registrado que, além de ter atuado bem e com personalidade, inclusive driblando um jogador tricolor dentro da área, Muralha teve sorte, como na cabeçada à queima roupa, em que a bola foi em cima dele. Ontem, Muralha jogou como um grande goleiro. Pegou as possíveis, uma impossível no chão e, teve sorte.

Meu amigo Michel Assef estava ao meu lado e, concluímos todos que Berrío não estava bem. Curioso este jogador, que só corre e não tem os mínimos fundamentos para ser um profissional da bola. Michel achou que iria entrar o Rodinei no lugar dele. O nosso treinador optou pelo Gabriel. Depois, Rodinei entrou no lugar do Trauco, quando todos imaginavam que sairia o Renê, com o Trauco retornando à sua posição de origem. Enfim, como dizia a avó do meu amigo Fernando Versiani, “certo, é o que dá certo”.


(Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo)

. Houve a falta de Réver no primeiro gol do Flamengo? Na hora do gol, não dá para quem está torcendo ver nada, até porque, a única coisa que se quer ver é a bola na rede. Depois, na televisão, vi umas vinte vezes. O lance é tão polêmico, que em determinados momentos achava que sim e, em outros achava que não. Em minha opinião, o Réver voou em direção à bola e, no meio do caminho, houve o contato com o jogador do Fluminense. Prefiro ficar com esta conclusão. Tenho todo o direito…


(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. E a nossa zaga, hein? Juro que, depois de Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, esta, composta por Réver e Rafael Vaz, é a melhor, disparada!!! O que me encanta é como as características casam perfeitamente. Réver, mais vigoroso e combativo e, Rafael Vaz mais técnico e com uma boa saída de bola, o que ajuda muito a um time que não tem um meio de campo muito criativo. Se continuarem jogando assim, principalmente com Rafael Vaz atuando com seriedade, é zaga para se consagrar com o “manto sagrado”.


(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. E Guerrero, hein? Estão lembrados quando aqui no blog, na época em que Guerrero estava para ser contratado, contei o meu papo com Renato Augusto, em que quis saber dele se o peruano era bom de bola, e Renato me afirmou que o Guerrero era um atacante pra lá de diferenciado? Pois é, Renato Augusto tinha razão. Guerrero, mesmo quando não tem uma atuação brilhante, como ontem, é sim um jogador decisivo e mortal… Curioso é que Diego, quando saiu por contusão, era o ídolo da galera. Quando voltar, vai ter que, no mínimo, dividir “o trono” com Guerrero…


(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. Zé Ricardo merece uma atenção especial. Por uma questão de coerência, tenho a obrigação de afirmar que o único ponto negativo que via no nosso treinador, o tempo, sábio como sempre, vai cuidando de amenizar a cada dia.

Sempre afirmei que o Flamengo, a meu conceito, é final de linha para qualquer treinador. Início de carreira para técnico, para mim, passa longe da Gávea. Quis o destino que, em função da doença de Murici, somando-se ao que o mercado apresentava como alternativa, que Zé Ricardo, inicialmente interino, acabasse assumindo definitivamente o cargo. De resto, tudo que penso sobre um bom treinador, ele se encaixa: íntegro, trabalhador, estudioso, apaixonado pelo que faz, coerente, com um belo poder de comunicação, se expressando muito bem e, sempre passando sinceridade.

O treinador, pelo fato de sempre ser o mais requisitado para as entrevistas, acaba tendo a sua imagem como representante do clube. Não tenho nenhuma dúvida de que o Flamengo esteja muito bem representado.


Eric Faria entrevistando o novo “Rei do Rio” (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

. Ouvi uma informação do excelente repórter da TV Globo, meu querido amigo e grande rubro-negro Eric Faria, que talvez depois de amanhã, pela Copa do Brasil, contra o Atlético Goianiense e, com certeza, contra o Atlético Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro, Vinícius Junior será relacionado entre os profissionais que estarão à disposição do treinador. Graças a Deus!!! Antes tarde, do que nunca…

Ontem, a alteração normal seria a saída de Berrío para a entrada de Vinícius Júnior. A torcida amaria, o Guerrero adoraria e o time adversário se borraria…

Quando se é exceção e a cabeça é boa, a idade pouco importa, já dizia o genial Telê Santana.

Vinícius Júnior, já!!! Sem medo. O garoto, ao seu tempo, vai arrebentar!!! Quem viver, verá.

Ia esquecendo. E o Márcio Araújo, hein? Que belo volante. Merecia ter feito aquele gol. Dar a volta por cima, em meio a tanta pressão, requer muita personalidade. Ganhamos um jogador.


. No mais, até que a quarta-feira chegue, vamos comemorar…

.MEEEENNNNGGGOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!