Caiu do céu

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Não foi um jogo animador, mas ante as circunstâncias, foi bom demais. Ouvi de vários amigos durante o jogo que, se Réver estivesse em campo, não teríamos tomado o gol, pois faltou velocidade no lance, tanto para Juan, como para Rafael Vaz. Acho que não é por aí. Se o treinador resolve poupar um jogador, certamente há um motivo forte para isso. Com certeza, o nosso Zé não teve nenhum prazer em não escalar Réver.

O primeiro tempo até que foi bem razoável, com Éverton Ribeiro muito bem na armação, Geuvânio desinibido e, Berrío, na velocidade, dando enorme mão de obra para a defesa do Coritiba. O gol, uma pintura. Linda a metida de bola de Éverton Ribeiro e, perfeita a complementação de Berrío.

Mesmo antes do gol de empate do Coritiba, o nosso time já estava meio capenga, vacilante na armação e sem inspiração. Dos três que se destacaram no primeiro tempo – Éverton Ribeiro, Geuvânio e Berrío – apenas o colombiano continuava na mesma batida e, curiosamente, foi ele sacado do time.

O que não entendo e aceito é incoerência. Outro dia, num jogo muito mais difícil, Zé Ricardo ousou, sacando os dois volantes, na tentativa de tornar o time mais agressivo. Hoje, contra um adversário mais fraco, quando poderia ousar, foi conservador, sempre trocando seis por meia dúzia.

Rômulo, definitivamente, está fora de sintonia. Além de apagado no jogo, foi o grande responsável pelo sofrimento até o fim do jogo, pois, fominha, deixou de servir Felipe Vizeu que estava sozinho, e com o goleiro batido.

Vinícius Júnior, esquecido nos três últimos jogos – quando sequer relacionado foi – acabou sendo decisivo. A ousadia foi premiada e, do pênalti sofrido por ele, veio o gol da vitória.

Enfim, apesar do sofrimento, veio a vitória e, a esta altura do campeonato, era só o que interessava.

Que os que descansaram joguem na plenitude contra o Santos. Aliás, semaninha danada. Santos na quarta, e Corinthians no domingo e, tudo em São Paulo. Continuo levando fé. O nosso elenco é bom. O que falta é achar e engrenar o time.

Detalhe final. Um horror ver o Flamengo jogar de amarelo. Nem sempre a modernidade caminha de acordo com coerência e tradição. E, este é um caso típico.

Durante o jogo, descobri a vocação desta camisa para o torcedor rubro negro. Indumentária perfeita para ir a qualquer jogo da Seleção Brasileira. Camisa que não pode faltar na mala para a Copa da Rússia…