Jogo bom. Resultado ruim

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Duvido que alguém que goste de futebol – e que tenha visto este Flamengo e Palmeiras – não tivesse achado que o jogo foi bom. Intenso é a palavra que pode, de forma objetiva, definir o que se viu na Ilha do Urubu.

Tenho a impressão de que há uma enorme semelhança entre Flamengo e Palmeiras, que foram os que mais investiram, e que até agora não tiveram o retorno esperado.

No que nos diz respeito, um time de muita luta, porém sem que os seus dois principais jogadores, Diego e Éverton Ribeiro, jogassem metade do que sabem. E isto, sem nenhuma duvida fez a diferença, pois quem poderia desequilibrar, apenas razoável foi. Diego, mesmo perdendo o pênalti, ainda assim, num plano superior a Éverton Ribeiro.

Na realidade, tudo dentro do contexto, pois estamos arrumando o time no transcurso do campeonato. Diego vem de contusão, e Éverton Ribeiro em período de adaptação, ao time e ao futebol brasileiro.

Edinho, que comentou o jogo, colocou com muita propriedade que Berrío é um jogador útil nas escapadas, isto é, quando tem espaço. Hoje, com o Palmeiras retraído e sem dar espaço, era muito mais para um jogador de habilidade do que um de velocidade.

No fundo, acho até que Zé Ricardo acabou dando sorte, pois na tentativa de ganhar o jogo, deixou, em função das substituições, o time muito vulnerável. Deu sorte. Quase perde o jogo no final.

A galera ficou uma fera com a entrada de Mancuello no lugar de Éverton, que era um dos destaques do time. Sei lá, mas acho que este argentino já deu…

E, ainda no achismo, Vinícius Júnior, que nem no banco estava, poderia ter ajudado.

O Corinthians tropeçou de novo. Renato Gaúcho pediu desculpas pela previsão de que haveria um declínio do time paulista, aliás, sem nenhuma necessidade, pois apenas transmitiu ao respeitável público o que pensava. E, pelos resultados, como pitonisa, Renato Gaúcho é dez…

Enfim, jogo emocionante em que só o resultado não foi bom. Ainda dá para acreditar. Se Diego e Éverton Ribeiro começarem a jogar, ainda é possível…