Tragédia anunciada

(Foto: André Durão)

Não lembro de nenhum momento pior do que este que estamos vivendo no Rio de Janeiro. Há no ar uma crise de comando e, quando isto ocorre, a leitura é a de terra de ninguém, onde todos podem tudo, ou seja, zona total.

Há um pouco de culpa de todos os setores, na tragédia – tragédia sim, até porque alguém perdeu a vida – que ocorreu em São Januário.

Há cabimento em um jogo entre Flamengo e Vasco ser programado para São Januário ou para a Ilha do Urubu? E quem autoriza? E, se quem autoriza, se equivoca, quem conserta?

A falta de sensibilidade foi geral. Começou pela diretoria do Vasco que, mesmo sabendo do momento político conturbado, onde a briga pelo poder faz de São Januário uma praça de guerra, ignorou o que estava mais do que na cara.

A CBF errou ao priorizar o regulamento em detrimento da segurança do torcedor. O Flamengo, no mínimo, deveria ter jogado sob protesto. O Ministério Público, tão zeloso no interesse e segurança da população, comeu mosca. Errou feio em não agir. E, por fim, o Governo do Estado, que trata o tema Maracanã como se fosse a discussão de um bueiro entupido. Tudo errado!!!

O próximo passo compete ao governo estadual. Que, em tempo recorde, a gulosa Odebrecht seja tratada como merece e, que seja lá como for, o Maracanã seja devolvido aos clubes e aos cariocas.

Chega de tanta incompetência, inconsequência, negligência e burrice.

E aí Ministério Público, vai ficar só olhando?