Perfil e estratégia

(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA/Divulgação

As noticias começam a pipocar e dão conta de que o Flamengo teria procurado Roger Machado, oferecendo um contrato de um ano e meio, e que Roger Machado havia dito que vai pensar. Cá com os meus botões fico pensando que, se verdadeira a notícia, os pilares de qualquer planejamento – perfil e estratégia – devem estar sendo esquecidos.

Claro que, pelo fato de estarmos caminhando para o final de temporada, com a maioria esmagadora dos treinadores competentes empregados, a missão não é tão simples. Mesmo assim, não há como não seguir o manual do bom planejamento.

Primeiro, o perfil. Como ainda estamos disputando dois títulos – e em três competições – há chance de voltar à Libertadores e já haverá na quarta-feira da próxima semana um jogo decisivo pela Copa do Brasil, quem vier, tem que ter pleno conhecimento de causa, isto é, conhecer o elenco que vai comandar. Este item já elimina qualquer treinador estrangeiro, seja ele quem for.

Como o moral da tropa anda meio em baixa, se tiver competência motivacional, melhor. E, sempre lembrando que o nosso problema é até o final de novembro, pois na virada do ano o mercado de treinadores estará totalmente aberto, inclusive com relação aos estrangeiros.

O que quero dizer? Que seria uma temeridade contratar, agora, um treinador “meia boca”, que não fosse só até o final do ano em curso.

Em síntese, não há desculpa para o Flamengo não começar a próxima temporada com um treinador que tenha peso proporcional ao do clube. Se o treinador que venha ser a solução definitiva para a diretoria não estiver à disposição neste momento e, se estiver na virada do ano, problema resolvido. Escolher o melhor entre os desempregados e, paralelo ao trabalho deste final de temporada, começar a montar o elenco para 2018.