Como classificar a não atitude de Neymar?

Estava vendo o jogo do PSG, que com três minutos já fazia 1 a 0, num golaço de Di Maria, e percebi que o que locutor mais dava ênfase era na possibilidade de Cavani igualar o recorde de Ibrahimović como o maior artilheiro da história do clube francês.

Cavani, para alegria geral, fez o gol e, a partir daí um enorme frison tomou conta de todos no Parque dos Príncipes, pois quem lá estava poderia fazer parte da história, afinal, se Cavani fizesse mais um, este gol representaria um momento único, pois estaria quebrado um recorde histórico.

O PSG estava jogando muito e, longe, Neymar era o melhor em campo. O jogo estava 7 a 0 e, no finalzinho do jogo, pênalti em Cavani. Na hora, imaginei que não haveria discussão para a cobrança, já que todos que ali estavam queriam fazer parte de um momento mágico, inclusive Neymar.

Quando o nosso craque pegou a bola, jurava que ele, de forma solene, fosse entregar para Cavani e, por tabela, participar diretamente daquela comoção coletiva, abrindo mão de bater o pênalti e, com humildade, colaborando com o desejo de todos.

Qual não foi a minha decepção, quando Neymar pegou a bola, ignorando o fato mais importante do jogo, e a vontade de todos, colocou a bola na marca do pênalti e fez o oitavo gol do PSG, o quarto dele.

Quando o juiz apitou o final da partida, algo incomum ocorreu. Quase todos no estádio vaiando o melhor jogador em campo, autor de quatro gols e dois passes decisivos, na vitória do seu time pelo placar de 8 a 0.

Como admiro o futebol de Neymar, fiquei triste e sem entender o comportamento egoísta e insensível do nosso craque. Ali uma coisa ficou clara. Para o torcedor, ou seja, para o ser humano, a alma está acima da genialidade e da idolatria. Infelizmente, acho que este episódio vai marcar a vida de Neymar. Tomara que eu esteja errado…