Deu o que tinha que dar

Boavista 0 x 2 Flamengo – 18/02/2018 (Fotos: Gilvan de Souza / Flamengo)

Para começar, não é tão simples entrar em campo com a obrigação de ganhar. Esta decisão de Taça Guanabara, se fosse contra qualquer dos grandes, seria um jogo de menos responsabilidade, pois embora tecnicamente superior, a camisa que estivesse em campo imporia um respeito natural e a obrigação de vencer seria reduzida a um percentual pequeno.

O primeiro tempo foi muito enrolado, com muitos toques e pouca objetividade. E, não esquecendo o fato do time ter sido escalado – e muito bem por Carpegiani – com apenas um volante, no caso, Cuellar. Acho esta atitude corajosa e pertinente, até porque, é assim que se joga contra um time que, sabidamente, é inferior. Claro que, quando o adversário for um peso-pesado, algum meia será sacado para a entrada do segundo volante.

Mais uma vez o torcedor enxergou com sabedoria e o coro pedindo Vinícius Júnior deve ter influenciado na decisão de Carpegiani. A torcida que pediu Vinícius, vaiou a saída de Paquetá e, com toda razão. Naquele momento, a alteração óbvia era a saída de Renê, com Éverton indo para a lateral esquerda.

Vinícius entrou, incendiou o jogo e, o primeiro título do ano pintou. Os dois gols foram duas obras de arte em termos de lançamento. O primeiro de Diego e, o segundo de Éverton Ribeiro. Aliás, os jogadores de meio poderiam ter criado mais. Diego, ainda assim, foi o melhor. Paquetá, Éverton e Éverton Ribeiro foram discretos.

Acho que, finalmente, Carpegiani começa a entender que o time com Rodnei fica mais agudo. César, sem nenhum trabalho. Réver e Rhodolfo suaram mais tentando as cabeçadas ofensivas, do que defendendo. Cuellar, o único volante, foi mais do que suficiente para segurar o ataque do Boavista. O Ceifador, não ceifou. Discretíssimo…

Além de levantar o caneco, a certeza de disputar a semifinal do Campeonato, contando com a vantagem do empate. E, como diz o velho Lobo, vantagem não se despreza…

Parabéns aos Campeões!!!