Foto: Célio Messias / Estadão Conteúdo

Momentos de dúvidas e reflexão

Nesta loucura de pandemia, onde o perigo continua rondando a área até de quem já foi vacinado, o negócio é não dar sopa para o azar e, na medida do possível, ficar em casa é o único remédio razoavelmente confiável. O “razoavelmente” se explica em função dos fatores externos que possam contaminar o lar.

Ficando em casa e gostando de futebol, o que não falta é jogo para se ver. Nesta batida, tenho feito o possível para acompanhar mais de perto os adversários que podem realmente nos causar problemas. Contra a Caldense foi o segundo jogo que vi do Atlético, pelo Campeonato Mineiro e, “gostei” do que vi…

Como foi o clube que mais contratou, em tese, pode ser avaliado como um dos mais sérios concorrentes à nossa pretensão em levantar os canecos que estiverem em jogo. A minha conclusão inicial de que o Galo Mineiro havia contratado cirurgicamente e, bem, está pedindo um tempinho para uma melhor avaliação. Por exemplo: O argentino Nacho Fernández, que nos programas esportivos é decantado em prosa e verso como um jogador espetacular, neste jogo foi tudo, menos isso.

Aliás, abro parênteses para registrar que a nossa jovem turma da TV esportiva, hoje com forte contingente feminino (nada contra, desde que haja competência), anda assimilando o espírito de famosa julgadora em programa de calouros que dava nota 10 para qualquer candidato. Afirmar que Nacho Fernández é um jogador ESPETACULAR, é um baita exagero. Não estou avaliando pelo jogo contra a Caldense, e sim, pelo somatório de tudo que vi, principalmente no River Plate. A distância de um bom jogador para o ESPETACULAR é quilométrica…

Hulk, de cara, precisa perder uns quilinhos. Ser forte é uma coisa. Estar pesado, caminhando para a obesidade, é outra. Na transmissão, o repórter informou que, em cada jogo, Hulk perde cinco quilos. Pode até ser, mas gostaria de saber como consegue ele recuperar tão rápido, com juros e correção monetária…

O sistema defensivo, meio enrolado, foi envolvido com muita facilidade pelos atacantes da Caldense, que mereceu a vitória, quebrando a invencibilidade do Galo. Sei que Cuca é um excepcional treinador e acabará encontrando boas soluções, mas não posso deixar de registrar que esperava muito mais deste provável concorrente.

De qualquer forma, o quadro que está se desenhando é o seguinte: Em um campeonato por pontos corridos, no caso, o Campeonato Brasileiro, sem grandes modificações da temporada passada, o Flamengo continua favoritíssimo. Nos jogos mata-mata, como Copa do Brasil e Libertadores, onde um dia ruim pode jogar todo o trabalho no lixo, Palmeiras, Atlético Mineiro e Grêmio serão os mais temidos adversários.

Não posso deixar de registrar a vitória do Bragantino pela Copa do Brasil, onde Claudinho só não fez chover. Um gol, duas bolas na trave e um caminhão de assistências. Com Claudinho, ouso afirmar que o nosso time seria quase imbatível, mesmo sabedor das surpresas que o futebol proporciona. Como sou um otimista de carteirinha, se lá estivesse, não sossegaria enquanto não o contratasse. Difícil? Com certeza! Mas que craque se contrata com facilidade? Tentar, para mim, seria obrigação.