Dor de cotovelo

(Foto: EMPICS SPORT)

(Foto: EMPICS SPORT)

Numa roda de amigos, em que se falava de futebol, lá pelas tantas, alguém argumentou que os dirigentes mais sem visão da face da terra eram os do Barcelona e do Real Madrid. Claro que ninguém entendeu nada e houve quem imaginasse que tal conclusão estivesse relacionada a um exagero nas doses das “papinhas” que, em linguagem natural, todos chamam de Red…

O meu amigo, primeiro esclarecendo que estava na plenitude da sua normalidade física e mental, explicou o seguinte:  “Se os dirigentes do Real Madrid fossem bons, o Messi não estaria no Barcelona e hoje, a dupla de ataque do Real Madrid seria Cristiano Ronaldo e Messi. Se os dirigentes do Barcelona fossem bons, Cristiano Ronaldo estaria lá e, a dupla de ataque do Barça seria Messi e Cristiano Ronaldo. Estes espanhóis só sabem mesmo é dormir depois do almoço e, de futebol, são zero à esquerda”.

Exageros à parte, no fundo, no fundo, realmente pode ser que alguém no Barcelona esteja pensando da seguinte forma: “Bobeamos não contratando o Cristiano Ronaldo. Se tivéssemos sido mais competentes o Barça teria a maior dupla atacante de todos os tempos”.

E, da mesma forma, em Madrid, pode ser que em algum momento algum dirigente tenha pensado com enorme dose de arrependimento: “Se o nosso pessoal responsável por detectar jovens valores mundo afora fosse mais competente, teríamos Cristiano e Messi, juntos. A maior dupla atacante do planeta”.

Claro que, embora possível, estamos diante de pensamentos e conclusões quase doentias, quando nunca se está satisfeito com nada, por melhor que seja.

Nesta viagem de pensamentos, lembro de um sócio na época em que inventamos o Imperator como Casa de Espetáculo que, quando a Casa lotava, ao invés de comemorar, ficava se lamentando, achando que os preços deveriam ser superiores aos que cobramos e que no fundo estávamos diante de um prejuízo…

Tudo isto para dizer que o futebol tem os seus mistérios e, não é pelo fato de se juntar jogadores muito acima da média, que o resultado vai ser positivo. Há o fator psicológico, há o ciúme, há a vaidade e, tudo isto, acaba interferindo, transformando sonho em pesadelo.

Até hoje, volta e meia encontro alguém que, em tom de lamento, me pergunta por que o ataque composto por Romário, Edmundo e Sávio não deu certo. A partir de agora, quem vier com esta pergunta, vou sugerir a leitura deste post.

Por incrível que pareça, em se tratando de futebol, ninguém pode jurar que Messi e Cristiano Ronaldo, juntos, seriam a maior “barbada” do século.

A bola, DE FUTEBOL, é o mais misterioso objeto do planeta.