Que negócio é esse?

(Foto: Paulo Sérgio/Lancepress!)

(Foto: Paulo Sérgio/Lancepress!)

Não bastasse a manchete do Lance na manhã de hoje, espinafrando o Campeonato Carioca, houve uma sequência, desta feita na televisão, em que todos os analistas, além de criticarem a falta de público no campeonato do Rio, faziam comparações com os campeonatos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Não estou aqui para defender o formato do Campeonato Carioca, os clubes participantes e a Federação. Tudo aqui colocado, de cara, sem muito esforço, poderia ser um pouco melhor. Isto é uma coisa. A outra, é se fazer uma comparação absurda e injusta, na medida em que, no caso do Rio de Janeiro, simplesmente não há estádio de primeiro mundo para se jogar, ao contrário de São Paulo, Rio Grande e Minas.

Claro que, os dirigentes dos clubes e da própria Federação, tiveram tempo mais do que suficiente para minimizar o problema, já que, não é de hoje que todos sabem que, em função das Olimpíadas, Maracanã e Engenhão não estariam à disposição dos clubes por um longo período.

Isto é uma coisa. A outra, é ignorar que os estádios de primeiro mundo, construídos para a Copa, criaram um público cativo, que vê cada um destes estádios, independentemente da importância do jogo, como um programa familiar.

São Paulo, Minas e Rio Grande, usufruem deste fator. O Rio, não. Portanto, fazer este tipo de comparação, é a mesma coisa que comparar banana, com banana split.

O que me espanta é que este tipo de equívoco é cometido por profissionais que, em tese, deveriam dominar esta matéria. Pena que, só em tese…