O Perseguido

O Rubro-Negro Ancelmo Gois, criador "da perseguida". (foto: O Globo)

Rubro-Negro, Ancelmo Gois, o criador “da perseguida” (foto: O Globo).

O nosso genial Ancelmo Gois, batizou de “a perseguida” vocês sabem o que e, também claro está, os óbvios motivos de nome tão sugestivo para batizar algo tão importante, lindo e, porque não dizer, sublime… Embora, reconheço, haja muitas opiniões em contrário… Como sou adepto do processo democrático, tenho cá as minhas preferências e convicções, porém sempre respeitando quem veja ou ame de forma diferente.

Puxo este assunto para amenizar o desabafo do técnico Cristóvão Borges, ao colocar de forma clara o quanto se sente perseguido…

Segundo ele, quando joga com três volantes e o time perde, tudo bem que as vaias aconteçam. O que ele não entende é como, até ganhando, esteja sendo vaiado. Sente-se, perseguido…

Cristóvão, meu caro, perseguida, e com razão, é a outra. Aquela, cuja maioria dos homens que gostam do esporte, tem fixação. Isto é perseguição!!! E, convenhamos, justa e natural…

O seu caso é outro. E, jamais deixe de olhar o torcedor como um termômetro preciso. Mais do que ninguém, ele deixará claro se o seu trabalho está sendo bom ou ruim. Até agora, pelo que tenho observado nas manifestações destes torcedores, o resultado do seu trabalho não vem agradando. Sugiro que, ao invés de se sentir perseguido, use este termômetro a seu favor. Tente entrar na cabeça do torcedor. Tente entender o espírito do torcedor.

Cada clube tem a sua história e, consequentemente, em função dela, a sua característica. No caso, a do Flamengo, é a de se impor, de ditar o ritmo do jogo e, jogar para ganhar, sempre!!!

Jogar com três volantes, e todos medianos, contraria o princípio básico de quem nasceu para viver correndo atrás da vitória.

Enfim, seja mais humilde. Não há perseguição alguma. Perseguida, de verdade, é a outra…

Bola pra frente…