Adivinhe quem vem para jantar?

Rueda em ação (Foto: Marcos Ribolli)

O noticiário dá conta de que o colombiano Rueda está a caminho de casa após oficializada a proposta do Flamengo e, que já estaria no Rio de Janeiro para dirigir o time no jogo pela Copa do Brasil, quarta-feira da outra semana, contra o Botafogo, no Engenhão.

Isto nos remete a uma profunda reflexão, onde algumas dúvidas começam a atordoar muitas cabeças rubro-negras, sendo que, a principal delas é saber como alguém pode dirigir um time sem ter a mínima noção do elenco que tenha à disposição.

Não faz muito tempo, comentei, atendendo solicitação de um companheiro do blog, que o momento pede um treinador com um mínimo de conhecimento de causa, para, pelo menos, poder saber escalar um time.

Disse também que um treinador estrangeiro poderia ser uma opção, desde que fosse no início de temporada, onde haveria, na pré-temporada, tempo suficiente para que ele tomasse conhecimento do material humano que poderá dispor. Em função destes argumentos, concluí que jamais cogitaria um treinador estrangeiro em um momento como esse. E, ainda conclui dizendo que, por um conceito pessoal, jamais contrataria um treinador de fora.

Talvez na cabeça de quem dirige o futebol do Flamengo possa haver a possibilidade de Rueda chegar com sua comissão técnica e, todos eles serem reais observadores visando a próxima temporada, com o pessoal da casa dirigindo o time nas competições ainda em disputa. Meio confuso, mas também já ouvi falar que isto poderia ocorrer.

O que penso já externei, já deixei bem claro, porém, confesso que algo me intriga. Como é que se contrata alguém sem que se tenha sentado à mesa ou ao sofá ou, seja onde e como for, para, olho no olho, se ter a certeza – aproximada que seja – de que seja este um bom caminho? Quem da direção do Flamengo esteve com Rueda? Quem assina embaixo?

Por favor, que ninguém venha me argumentar que já foi Rueda campeão da Libertadores. Vários técnicos, hoje desempregados, já ganharam títulos importantes. Isto me parece igual ao dirigente que contrata um jogador por DVD, pelos seus melhores momentos. Aí, em passado recente, lembro do diálogo de dois dirigentes rubro-negros, um experiente, outro pato novo, porém, com poder de decisão, que acabara de contratar um zagueiro argentino. Ao ser informado da contratação, o experiente dirigente indagou ao jovem: Você já viu este cara jogando? A resposta do dirigente e a performance do zagueiro foram parecidas. Não – o dirigente – e, provavelmente em função disso, um blefe, uma negação – o zagueiro.

Enfim, aqui estamos para trocar ideias, passar experiência e torcer para que tudo dê certo, até porque, não tenho vocação para masoquista.  Quando o Flamengo vai mal, vou junto, pois não há sintonia entre estar feliz com a tristeza da nação.

Tomara que eu esteja errado, que o colombiano Rueda seja um gênio, que resolva todos os nossos problemas e, que a partir dele, surja o Flamengo dos nossos sonhos. Amém!!!