A esperança está nos adversários

(Foto: Marcos Ribolli)

Tive dúvidas sobre que jogo ver no domingo. O Gre-Nal, em tese, poderia ser o de mais fortes emoções, porém, como vamos jogar contra o Corinthians no meio de semana, em uma das semifinais da Copa do Brasil – e curioso para ver também o Palmeiras, que pode ser o nosso adversário na final – optei pelo clássico paulista.

Aí começa a explicação para o título deste post. Embora o time do Flamengo esteja jogando muito aquém do que dele se espera, e isto nos preocupa, ver o jogo entre Palmeiras e Corinthians não deixa de ser, de certa forma, animador.

De positivo, nos dois times, a intensidade. Neste aspecto, estamos devendo e, faz tempo.

Com relação aos valores individuais, o Corinthians de hoje está longe do time que foi Campeão Brasileiro no ano passado, principalmente no ataque.

Já o Palmeiras tem uns três jogadores diferentes que podem, pelo talento, resolver um jogo.

O placar de 1 a 0 para o Palmeiras foi justo. Poderia ter sido de mais… O time, bem arrumado. Aliás, se não estou equivocado, são dez jogos sem tomar gol. Felipão arrumou a casa.

Se Paquetá e Cuellar chegarem – e bem – para o jogo, com todo respeito ao Corinthians, dá para ter uma enorme esperança. O nosso time é melhor. O que me preocupa é a intensidade que sobra em Corinthians e São Paulo e, que tem faltado ao nosso time.

Em síntese, sem nenhum otimismo exagerado, apesar das contratações profundamente infelizes, olhando para os vizinhos, dá para acreditar em título, pois não há nenhum bicho-papão.

Ia esquecendo. Vi o sofrimento do Vasco. Além do time ser fraco, a onda de azar é impressionante. Gols inacreditáveis perdidos. E, o melhor jogador, Pikachu, expulso.
O Vasco está namorando a série B. O próximo jogo será contra o Flamengo. Se perder, fica oficialmente noivo, com casamento marcado…

Em tempo: Aquela tinta, inventada por um brasileiro que foi a solução para que a distância entre a bola e a barreira fosse respeitada nas cobranças de falta, está fazendo muita falta… Apurei que os árbitros pararam de usar, pois não houve acordo comercial entre a CBF e a empresa detentora dos direitos.

Sem este simples instrumento, os gols de falta serão mais difíceis de se ver. A tal tinta no gramado obrigava a barreira a não andar. Era uma arma para a arbitragem. Sua ausência está sendo sentida…