(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Parando para pensar

O noticiário europeu fala da força do Liverpool, considerado por aqui “o rei da cocada preta”.

Paro e penso no que nos espera em Doha. Para começar, ter a noção exata de que o salto alto, por quatro vezes, já deixou as equipes Sul-americanas fora do jogo final.

O exemplo mais recente é o do River que, no ano passado, foi derrotado ainda na partida semifinal.

Com todo respeito a quem vamos cruzar – provavelmente o Al-Hilal – não há como não ficar imaginando uma final com o Liverpool.

Tudo bem que os europeus considerem o clube inglês amplo favorito, afinal, o mundo para eles é este pedaço de terra e, assim sendo, como não há discussão de que seja o melhor da Europa, consequentemente, do mundo é.

Há, porém, um outro lado da moeda. Quantos jogadores do Flamengo têm condições de convocação para a seleção brasileira?

Vamos tentar? Diego Alves – Rafinha – Rodrigo Caio – Filipe Luís – Gérson – Éverton Ribeiro – Gabigol e Bruno Henrique. Oito!!!! E, só como lembrete, há um craque – Arrascaeta – que joga na seleção uruguaia. Portanto: nove!!

Alguma vez você viu uma seleção brasileira entrar em campo, contra quem quer que fosse, como zebra?

Pois é. Aí é onde quero chegar. Mesmo calçando as sandálias da humildade, tenho a certeza absoluta de que nada devemos ao Liverpool. Se este jogo vier a ocorrer, jamais seremos  zebra, como nenhuma seleção brasileira foi ao longo da história.