Mil desculpas

Sexta-feira de ressaca maravilhosa, após contunde placar de 3 a 0 em cima da Argentina, da repercussão da firmeza do nosso presidente na briga pelo Maracanã, de Loco Abreu dando o ar da graça, anunciando que vai disputar o campeonato carioca pelo Bangu.

Vou deixar todos estes temas para vocês e, paralelo, pedir cinco minutinhos da boa vontade dos amigos, pois há algo pessoal que preciso dividir com vocês.

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Hoje, resolvi fazer aquela faxina campeã do mundo nas minhas muitas coisas acumuladas ao longo da vida e, esta necessidade de arrumação me remeteu a um passado feliz, ao reencontrar minha carteira de sócio patrimonial do Flamengo de 1965 (acima), que era uma segunda via, pois. conforme foto abaixo, a minha carteira da Federação Guanabarina de Judô, como atleta do Flamengo, é de agosto de 1964.

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Em síntese, são 52 anos de vida como sócio do Flamengo. Que orgulho!!!. Patrimonial, proprietário, emérito e benemérito. E, no meio deste longo caminho tive a honra, o privilégio de servir à minha paixão de vida, como presidente e, posteriormente, como vice de futebol.

Estas duas pequeninas carteirinhas me conduziram a uma linda viagem, que começou pelos meus pais. De mãos dadas com eles, entrei embasbacado pela primeira vez no Maracanã, aos seis anos, no primeiro jogo do tricampeonato, contra o América em 55. De lá pra cá, paixão avassaladora e, permanente, pela magia do Manto Sagrado…

Como atleta, foram dez anos, indo quatro vezes por semana à sede velha, na praia do Flamengo 66. Lá, aprendi muito mais do que poderia imaginar.

Gil, nosso mestre, nosso sensei, era muito mais do que um professor de judô. Era um ser espiritualizado, um sábio, um mestre da vida. Com ele aprendi que com perseverança, disciplina, altruísmo e inspiração, o céu é o limite, inclusive para os poucos favorecidos, como era eu. Quando a coisa estava preta e ele sentia que alguém estava fraquejando, uivava: “você é homem ou é um joli?” Aquilo tinha o poder de uma sirene. Que magia…

Os meus companheiros mais chegados foram, Salazar que, acho, está vivendo em Brasília e era canhoto e, como tal, super habilidoso; Mario Celso, que já nos deixou, e Betão que, até bem pouco tempo, era o principal sensei (professor) do Flamengo.

Este post é inteiramente dedicado a eles.  Obrigado por tudo!!!

Viajei um pouquinho, retornando no tempo, pelo meu caminho de vida que é todo vermelho e preto. Graças a Deus…

Aos meus companheiros de blog, mil desculpas por esta viagem meio egoísta, mas repleta de amor e saudade.