Para refletirmos

43464_ext_arquivoOntem, meu querido amigo de vida, Radamés Lattari, comentou comigo ter recebido telefonema de importante e especial figura rubro-negra, que já percorreu ao meu lado caminhos difíceis, porém, vitoriosos no Flamengo, hoje ligado ao pessoal da chapa azul, consultando sobre a possibilidade da inclusão do nome do Radamés na relação do Conselho de Administração.

Radamés ouviu, agradeceu a gentileza e disse que, como formamos um grupo, iria primeiro debater o tema internamente para posterior resposta. Conversamos sobre isso, e houve um momento em que a pergunta inevitável ocorreu. Quem vamos apoiar? De cara, falei em coerência, transparência de propósitos e definições claras, principalmente no futebol, finanças e marketing.

Primeiro a coerência: Na última eleição, não só o nosso grupo, mas os rubro-negros de um modo geral, procuraram um novo caminho, abandonando a figura centralizadora do candidato e, definindo o melhor caminho para o Flamengo através de um grupo. Tanto é verdade que, 99% do quadro social votou em Eduardo Bandeira de Mello para presidente, sem saber quem ele era. Quem votou na chapa azul, votou no grupo, no time, no novo conceito. Aí vem a coerência. Se este formato aprovou para se definir que caminho tomar, importante se torna pesquisar agora, no sentido de que fique claro onde está o melhor grupo, se na chapa azul ou na verde. Prefiro até, ainda no terreno da coerência, não confrontar Eduardo com Wallim, até porque, seria em termos conceituais, um retrocesso. Além disso, com todo o respeito, se saíssemos deste conceito e voltássemos à figura centralizadora do candidato, nenhum dos dois faria cócegas no ânimo do sócio torcedor.

Então, vamos lá. Primeira pergunta: Onde está reunido o melhor grupo para dirigir o clube, na chapa azul, ou na chapa verde? Desta forma, precisamos saber, nome a nome, as principais figuras de cada chapa.

Futebol: Aí, é preciso saber o que cada candidato, ou cada grupo, pensa. Perguntas óbvias: Haverá um vice-presidente de futebol com autonomia? Se for o caso, quem será o homem do futebol? Ou seja, o futebol terá um presidente, ou o vice-presidente será apenas para o cumprimento estatutário, com o dirigente sendo apenas um mensageiro do tal conselho gestor? Quais são os planos e quais serão os investimentos nas divisões de base? O centro de treinamento será concluído? Como e até quando?  Procurar uma boa convivência com quem administra o Maracanã, ou partir para a tentativa de se construir um estádio? Qual será a filosofia para a formação do elenco para 2016?

Finanças: Quem será o vice-de-finanças? O vice de finanças tem afinidade com o futebol?

Marketing: Quem será o vice-presidente de marketing? O vice-presidente de marketing tem afinidade com o futebol? Quais são os planos para se desenvolver, com o tamanho do Flamengo, o projeto sócio torcedor? Quais são as perspectivas de faturamento para 2016? Quais os planos de marketing para o triênio?

Resumo da ópera. A meu conceito, pensando o Flamengo com responsabilidade e coerência, não dá para se definir candidato sem que se tenha respostas para estas perguntas.

Se os amigos estiverem de acordo, e as sugestões serão bem-vindas, podemos produzir um questionário simples e encaminhar a cada um dos grupos. Com certeza, as respostas poderão balizar melhor cada coração rubro negro.

Vocês topam?