Cornetas desafinadas

Tenho lido e ouvido algumas críticas quanto à tentativa da diretoria do Flamengo em trazer o meia Darío Conca, em função de estar ele em recuperação de uma operação no joelho.

As mesmas cornetas – e as mesmas penas – que já se posicionam críticas a esta tentativa, são as mesmas que reclamam da falta de criatividade desta diretoria para contratar reforços de peso.

Se partirmos da premissa de que coerência é fundamental, cornetar os corneteiros, é preciso.

Como é que se consegue um reforço de peso, qual não seja em situação anormal?

Sim, porque em condições normais, jogando o que sabe jogar e ganhando verdadeira fortuna, como seria possível contratar ao futebol chinês, o talentoso Conca?

Para quem, como argumento, vai defender a tese de que o risco é grande, indago: e onde não há risco, seja em que contratação for?

Eu mesmo, como dirigente, no meu melhor momento criativo, desenhei uma operação fantástica, conseguindo o inimaginável e, o resultado dentro das quatro linhas foi pra lá de decepcionante. Portanto, o risco é o camisa 10 do futebol, onde nunca haverá, por melhor que seja o retrospecto, certeza de nada.

Isto posto, parabéns a quem vislumbrou esta inusitada forma de se ter um craque que, mesmo chegando de muletas, pelo seu enorme talento, somado à nossa necessidade, é um mar de esperança.

Em tempo: Godinho, cadê o Marinho?