Maldade…

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Pra começar, apesar do resultado – um empate com sabor de derrota – a se registrar o enorme prazer de poder voltar a torcer, a se ter esperança na vitória durante todo o jogo.

Embora justiça seja algo relativo no futebol, o empate foi pouco para o time que procurou a vitória o jogo todo. A demonstração da  superioridade do Flamengo sobre o São Paulo foi a quantidade de escanteios a favor do rubro-negro (um montão, perdi a conta) contra dois – ou três – a favor do tricolor paulista.

Embora falte entrosamento dos novos zagueiros, entre eles, e com o restante do time, não dá para não registrar que, finalmente, as lambanças acabaram. No máximo, como no segundo gol do São Paulo, erro de posicionamento. As lambanças ficaram no passado.

Alan Patrick, novamente o melhor do time e, hoje, o melhor em campo. A intensidade foi a sua principal virtude e, o mais importante, durante todo o jogo. Maldade, exatamente ele perder o pênalti, no último minuto de jogo. Aliás, tive a nítida impressão de que na corrida para a bola houve uma mudança de ideia com relação ao canto em que bateria. E, quando isto acontece, normalmente o batedor “dança”…  De qualquer forma, atuação simplesmente impecável. Alan Patrick deu show.

Os laterais também foram bem, principalmente Jorge que, além de apoiar sempre, tecnicamente é muito bom jogador.

William Arão, depois de Alan Patrick, foi destaque no Flamengo. Jogador moderno, defendendo, armando e concluindo. Não bastasse tudo isso, jogou com impressionante garra rubro-negra. Será que por isso virou capitão?

Cirino, muito criticado dentro de suas limitações, deu enorme trabalho aos defensores do São Paulo. Continuo achando que, na dificuldade de se encontrar bons atacantes, Marcelo Cirino pode ser muito útil.

Éverton, embora não tenha aparecido muito, foi incansável. O vai vem feito por ele no jogo de hoje também merece destaque. A participação dele foi tão intensa, que passou mal e pediu para ser substituído.

Se o garoto, centroavante argentino, bom de bola e temperamental, tivesse jogado pelo Flamengo, teríamos vencido, no mínimo, por 4 a 0. Vizeu promete, mas ainda está muito verde. Pela incerteza que passa Guerrero, mais um jogador para esta posição – e o mais rápido possível – é mais do que necessário.

Enfim, domingo de glória. Voltamos a ter o prazer de torcer. Maldade, foi o resultado do jogo. Maldade, foi o melhor em campo ter perdido um pênalti no último lance do jogo.