Jorge Jesus ou Renato Gaúcho?

A pergunta não tem como objetivo saber quem é melhor treinador. A ideia é discutir a estratégia para a grande decisão de quarta-feira.

O último jogo do Grêmio, antes de pegar o Flamengo, foi contra o Fortaleza. Renato optou por entrar com o time reserva, colocando Cebolinha e Tardelli na metade do segundo tempo, na tentativa de empatar o jogo. Apesar da boa movimentação de Cebolinha, o Fortaleza venceu o jogo pelo placar de 2 a 1.

Achei estranha a estratégia de Renato. Se é para ser radical, que radical seja. Era para poupar todos os titulares? Por que então viajar de Porto Alegre até Fortaleza, em verdadeira viagem continental?

Era para poupar? Que fossem para Fortaleza apenas os jogadores reservas, com os titulares viajando direto para o Rio.

Resumo da ópera gremista. De Porto Alegre até Fortaleza, com todos que vão jogar contra o Flamengo sofrendo o desgaste da viagem, além do desconforto psicológico de encarar um jogo decisivo vindo de uma derrota. A estratégia de Renato me pareceu sem pé, nem cabeça…

O nosso doce Portuga já havia declarado que é contrário a poupar jogadores no campeonato nacional. Talvez, haja uma certa influência da cultura europeia, onde os campeonatos nacionais são extremamente valorizados. Pode ser até que alguém se espante, mas sou capaz de apostar que Jorge Jesus acha o Campeonato Brasileiro mais importante do que a Libertadores.

Como acho a coerência absolutamente fundamental para o sucesso de qualquer ser humano, como criticar a estratégia de Jorge Jesus?

Neste jogo contra o Fluminense, só não entrará em campo quem estiver contundido ou, quem corra risco de lesão.

Pessoalmente – apenas uma opinião – não colocaria nenhum titular para jogar o Fla-Flu. Não sou europeu e, neste momento, acho muito mais importante ganhar a Libertadores.

Porém, não há como não se reconhecer a coerência do nosso treinador. Age de acordo com o que pensa.

Tomara que ele esteja certo.