Deu o que tinha que dar

Milagres existem. Esta foi a motivação da torcida do Vasco que foi ao Maracanã. O problema é que milagre não é regra, e sim, exceção. Deu o que tinha que dar, pois a diferença técnica entre os elencos de Flamengo e Vasco é colossal.
Com a vitória no primeiro jogo, o Flamengo só perderia vaga na final caso o Vasco vencesse por dois gols de diferença. Ante tamanha vantagem, nosso treinador sentiu que poderia dar uma de bom psicólogo, colocando Pedro para jogar. Só que, sabe o Portuga que Gabigol não gosta de ficar fora e, nestas condições colocou os dois. Já repararam que, na maioria das vezes em que é escalado, Pedro tem sempre a companhia de Gabigol?

Não tenho nenhuma dúvida de que, se Pedro tivesse entrado, com Éverton Ribeiro sendo mantido, teria rendido muito mais. Só em situações extremas para se escalar Gabigol e Pedro. Pedro tocou na bola pela primeira vez aos vinte e cinco minutos de jogo. Resumo da ópera: a bola não estava chegando nele.

Vitória mais do que tranquila, com Arrascaeta – de novo – regendo a orquestra, sendo o protagonista do jogo. Além dele, Hugo foi muito bem. Boas e firmes defesas. Uma saída esquisita, mas o lance já estava invalidado.
Zaga firme, Filipe Luís jogando de smoking, Arão pisando na área, fazendo gol e, ponto!

Assistindo à Palmeiras x Corinthians, no meio de semana, chego à conclusão de que a diferença do Flamengo para seus rivais é infinitamente maior do que ocorre em São Paulo. Tudo bem que o Palmeiras é superior, porém, com uma distância bem menor.
Agora é esperar o adversário para a final. Com todo respeito ao Botafogo, mesmo de crista baixa pela eliminação na Libertadores, improvável que a final do campeonato não seja mais um Fla-Flu.

Vamos ficar um bom tempo sem jogar. Tempo mais do que suficiente para nosso treinador concluir qual seja o nosso time ideal, não só para a decisão do carioca, como, principalmente, para o início das competições mais complicadas.

Quando a bola rolar no Brasileiro vamos ter uma noção exata das coisas.
Por enquanto, é fazer o dever de casa e garantir o tetra inédito.