Marcelo Cortes

Assim se perde um campeonato

Athletico 1 x 0 Flamengo

Guardiola, sonho de consumo de todos os clubes e seleções do mundo, faz tempo, tornou claro o seu pensamento sobre o campeonato por pontos corridos. Entende ele que nas dez primeiras rodadas não se ganha o campeonato, mas se perde…
Definitivamente, estamos diante de um treinador inconfiável e divorciado do que há de simples e óbvio no futebol. Quando menos se espera ele tira um coelho da cartola, como se genial fosse. Nunca é…
Depois da boa atuação contra o São Paulo, e do bom jogo contra o Palmeiras, para que mexer se o time estava engrenando?
O resultado é que, dos doze pontos disputados, ganhamos apenas cinco. Trajetória incompatível com quem sonha em ser Campeão Brasileiro.
Ainda é bom lembrar que o próximo jogo do Flamengo será somente na quinta-feira, pela Libertadores. Portanto, tempo de sobra para recuperação. Em síntese, estratégia absurda.

Não bastasse a invencionice de não colocar em campo o que temos de melhor, de novo, a teimosia de contrariar a vocação natural do jogador. Marinho, que rende muito mais atuando pelo lado direito, escalado na esquerda. Lázaro, que vinha de boas atuações atuando pela esquerda, escalado pela direita.
Do meio para o final do segundo tempo, o time totalmente desfigurado. Mais para bando do que para time. Até Diego entrou…

E o Isla, hein? Não se pode elogiar. Depois daquele golaço contra o São Paulo, uma lambança descomunal, em pênalti patético, fruto de quem joga sem pensar na consequência de uma jogada.
Pablo, o zagueiro estreante, não comprometeu. Aliás, teve pouco trabalho, pois foram raras as oportunidades de gol do time adversário.

Quanto a permanência de Hugo, fica mais do que claro que o Flamengo não estava procurando um goleiro para ser o titular, e sim, ser o reserva imediato de Hugo. Mais do que na cara de que a desconfiança do treinador em Diego Alves foi a explicação para a contratação de Santos.

Enfim, deixamos três pontos para trás, diante de adversário frágil.
Três pontinhos na conta de Paulo Sousa.