Diego Alves (Foto: Gilvan de Souza)

O Gavião e o Porco

O Gavião é o São Paulo. Sempre digo e, todos os meus amigos aqui são testemunhas, de que tanto na vida como no futebol, a percepção do timing é componente decisivo para o sucesso. Porém, há um limite para tudo, até para o timing que, além de competência na ação, aprecia a discrição.

Desta forma, o genial Francisco Horta contratou Rivelino. Assim, o Botafogo arrancou Gérson do Flamengo. Assim, Radamés Lattari (pai) contratou Paulo Cesar Caju. Assim, o Flamengo contratou Romário. Ações no momento exato, realizadas com rapidez e discrição.

Digo isto para concluir que achei grosseira a iniciativa do São Paulo, tornando pública uma possível tentativa junto ao Flamengo, em função do problema envolvendo o goleiro Diego Alves. O timing, perfeito. A ação, um desastre. O que poderia ser feito “na encolha”, com sensibilidade e competência, se transformou em atitude inconveniente e oportunista, causando péssima impressão. Assim como na vida, o “savoir faire” no futebol faz a diferença.

O Porco, claro, é o Palmeiras. Todos aqui são testemunhas de duas colocações que venho fazendo desde o início do campeonato. A de que o Flamengo ia brigar pelo título – já fui aqui gozado pelo meu otimismo – e que o Palmeiras é o grande rival. A cada rodada isto vai ficando mais claro, principalmente após o empate do Inter diante do Santos.

Temos duas boas vantagens. A primeira, os quatro desfalques do time de Felipão para o nosso jogo de sábado. A segunda, pelo fato do Palmeiras, estar disputando a Libertadores. Neste sábado, vão encarar Flamengo após uma batalha infernal em Buenos Aires, contra o Boca Juniors. Pedreira…

Recebi, via WhatsApp, do meu amigo Luiz Guilherme Barbosa, uma animação que traduz com perfeição tudo que acabo de dizer.