(Reprodução da internet)

Valdir Espinosa

No Maracanã, antes do jogo do Flamengo contra o Independiente del Valle, recebi a triste notícia de que era grave o estado de saúde de Valdir Espinosa. Hoje, antes de telefonar para Rivelino Serpa, seu filho, para saber dele, fui informado do falecimento de Espinosa, uma das mais doces figuras humanas que conheci no mundo do futebol.

Como o nosso tema maior – e paixão de vida – é o Flamengo, gostaria de deixar aqui registrados dois fatos. O primeiro, lembrar que o olho clínico de Valdir Espinosa foi o responsável pela contratação de Ronaldo Angelim. Muita gente no Flamengo torceu o nariz para a contratação, com argumentos de que Angelim era franzino para a posição de zagueiro. Espinosa foi firme, bancou, afirmando que rasgaria sua carteira de técnico se não desse certo. Acertou na mosca. Angelim não só foi tudo que havia ele garantido, como foi o autor do gol, contra o Grêmio, que nos deu o Hexa Campeonato Brasileiro.

Coube a mim informar a Valdir Espinosa que não continuaria como treinador do Flamengo. Missão delicada, pois tinha por ele, amizade, admiração, carinho e respeito.

Disse a ele o seguinte: Tenho duas notícias. Uma boa e uma ruim. Qual você prefere ouvir primeiro?

Espinosa, sem pensar muito, optou pela ruim. Aí disse: infelizmente, você não irá continuar conosco. Essa é a má notícia. A boa é que seu filho (Rivelino Serpa) não só continuará aqui, como será o responsável por toda nossa base.

A reação de Espinosa foi um abraço super carinhoso, que durou um bom tempo, no qual choramos juntos.

A herança de Valdir Espinosa para nós rubro-negros foi seu filho Rivelino Serpa, extraordinário profissional que deu rumo de dignidade e competência à nossa divisão de base.

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