Lições de quinta-feira

David Pizarro, da Universidad de Chile, após o 7 a 0 para o Cruzeiro (Foto: Douglas Magno/AFP).

A primeira lição para nós rubro-negros, começou bem cedo, mais precisamente em Belo-Horizonte.

Vi, atentamente, a vitória do Cruzeiro pelo elástico placar de 7 a 0. Tudo bem que o clube chileno terminou o jogo com nove jogadores, porém, é bom lembrar que, no primeiro tempo, quando eram onze contra onze, o Cruzeiro já vencia por 3 a 0.

Vamos ao que interessa. O que tudo isto tem a ver conosco? Esta é a primeira lição. Um time ganhador, obrigatoriamente, tem que ser competente na criação. Enquanto muitos brigam para ter, ao menos, um jogador criativo, o Cruzeiro tem dois. Arrascaeta e Thiago Neves criaram demais, infernizaram a vida do time chileno e, foram os protagonistas da goleada.

Voltando às vacas magras. Quem cria no time do Flamengo? Diego, que para isso foi contratado, hoje, é um razoável volante. Como criação de jogada, estamos reduzidos ao menino Paquetá. Se ele não cria, nada acontece.

Segunda lição da noite. Vi, também, com toda a atenção, o jogo do Vasco contra o Racing.

Tecnicamente, o Racing superior, fazendo 1 a 0 e, vendo a vitória se consolidar quando um jogador do Vasco foi expulso. Aí a lição número dois. Com um jogador a menos, o time do Vasco, inferior tecnicamente, teve determinação e disciplina para arrancar um empate improvável e, por muito pouco, não ganhar o jogo. No último lance, o goleiro argentino fez uma defesa impossível num chute de Pikachu.

Resumo da ópera. Hoje, em dois jogos distintos, observamos tudo que precisamos e não temos: comando, criatividade e determinação.

Em tempo: CADÊ O NOSSO TREINADOR?