(Foto: Marcello Zambrana / Estadão Conteúdo)

Superação Rubro-Negra em dia vergonhoso para o futebol brasileiro

O tempo passa, você fica mais velho e quando imagina já ter visto tudo no futebol, ocorre esta sequência de absurdos, sem que se soubesse se haveria jogo, faltando meia hora para o horário marcado para a bola rolar. Palavra que não lembro de palhaçada maior, envolvendo dirigentes esportivos e nosso judiciário do trabalho, com profundo desrespeito aos profissionais e torcedores.

Página negra na história do futebol. Uma vergonha!

O malandro caiu do cavalo. O presidente do Palmeiras que, sabedor dos vários jogadores infectados no Flamengo, foi o primeiro a levantar a bandeira do adiamento do jogo como proteção aos próprios jogadores palmeirenses, infelizmente, mudou rápido de pensamento. Alguém, quem sabe um “profexô” de bola, cochichou no ouvido do presidente que a postura estava errada, que o negócio era pegar o Flamengo quebrado e faturar três pontos.

Caíram todos do cavalo. O Flamengo, arrebentado, destruído, que chegou ao estádio sem tempo para aquecer, nunca foi tão Flamengo.

Os meninos não sentiram a pressão natural e os craques Arrascaeta, Gérson, Thiago e Pedro, jogaram muito.

Hugo, nosso goleiro, foi para mim a maior surpresa. Como vejo tudo do sub-15 em diante, já tinha visto Hugo jogar uma infinidade de vezes. Embora com bom potencial, altura e envergadura espetaculares, me preocupava  a instabilidade, alternando bons e maus jogos. Este jogo, certamente, foi um divisor de águas na carreira deste jovem. Ganhamos um goleiro. A personalidade demonstrada por ele, em momento tão complicado, me impressionou muito.

Outro assanhado foi o lateral esquerdo Ramon, demonstrando que tem recursos e, muito abusado… Pinta de craque.

Nenhum dos meninos comprometeu. A zaga de área, que causava preocupação, foi firme o tempo todo.

Que alegria ver Lázaro entrar em campo. Se futebol fosse um cassino apostaria todas as minhas fichas neste jovem. Joga demais…

Acho bom repetir o bom desempenho do quarteto Arrascaeta, Thiago, Gérson e Pedro. Atuações perfeitas, com Arrascaeta matando a pau. Chamou o jogo para ele. Foi capitão no braço e na bola.

Em síntese, orgulho dos nossos meninos. Orgulho dos nossos craques. Orgulho de ser rubro-negro.

Lembrete: no próximo jogo, que algum dirigente determine ao treinador substituto, que use calças. O clube que ele representa merece esta solenidade mínima.