(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Hora de agir e decidir

O Flamengo venceu e, Deus sabe como, mas a turbulência continua tendo a indefinição como parceira perigosa.

O noticiário não é bom. Este negócio de jogador ir para coletiva de imprensa, como foi o caso de Renê, para dizer que “quando a torcida fala com treinador, fala com todos nós”, não deixa de ser vitamina turbinada para alimentar o momento que pode caminhar para a crise.

Para começar, embora não seja bom para a imprensa, o momento requer silêncio. Não estou pregando aqui a lei da mordaça e sim, garantindo por experiência própria que  há momentos para tudo, também no futebol, inclusive o de fechar a boca. No diálogo franco, os jogadores vão entender esta necessidade, sem que venham a se sentir melindrados ou impedidos de dizer o que pensam.

A avaliação sobre a continuidade de Abel no comando do time é inevitável. O problema do Flamengo é a quantidade de pessoas que têm o direito de decidir. Convenhamos que, chegar a uma conclusão, seja lá sobre o que for, passando por nove ou dez pessoas, é bastante complicado. Mesmo assim, não há como fugir a esta pauta, até porque, se for para mudar o comando técnico, que seja agora, pois em função da Copa América haverá tempo para que um novo trabalho seja desenvolvido.

Se o grupo que comanda o futebol entender que Abel deve ficar, sugiro que, com sensibilidade e competência, o Flamengo encontre uma saída para Arrascaeta, pois mais do que claro está que, com Abel, 63 milhões de reais estarão sentadinhos, não no Bradesco e sim, no banco de reservas, o que é péssimo para o jogador e, um desastre para o clube.

Enfim, decidir e, o quanto antes, é preciso. Empurrar com a barriga é a pior das opções.