Magia

(Foto: Ivo Gonzales / Agência o Globo)

(Foto: Ivo Gonzales / Agência o Globo)

Como se programado fosse, encontrei em Angra, terra do nosso irmão deste blog, Carlos Egon, um amigo de 30 anos de vida. Hugo Aquino, com a fidalguia que lhe caracteriza, faz com que a sua casa seja dos seus amigos.

Papo vai, papo vem, aparecem Maria Inês e Ana Carolina, respectivamente, mulher e filha do nosso querido Hugo. O melhor de tudo ficou por conta da história contada por Ana Carolina. Tinha ela sete anos e, próximo ao seu aniversário, seu pai se aproxima e, em atitude de pai apaixonado, pergunta: “filhinha, querida, o que você quer de presente no seu aniversário?” O tricolor Hugo jamais poderia imaginar o que estaria por vir. Ana Carolina, próxima ao seu oitavo aninho, talvez em sua primeira decisão importante de vida e, com certeza, num encontro com ela mesma, demonstrando independência, caráter, personalidade e sabedoria, mandou na lata: “Pai, o que eu quero de presente é que você me deixe ser Flamengo!!!”

O resumo da ópera é que a família Aquino, que cresceu, e como cresceu, virou uma família rubro-negra. Conto isto para colocar com clareza uma tese que defendo há muito tempo. O amor pelo Flamengo é único. Diferente. Completamente diferente. Por favor, não me perguntem o motivo, pois não tenho resposta. O que sei, ou que constato, é que o Flamengo é uma magia inexplicável. O vento que venta lá, não é o mesmo que venta cá.

Traduzindo: Geração rubro-negra seguirá sempre rubro-negra. As outras sempre serão atingidas por esta magia. E, de forma óbvia, e inteligente, capitularão…

Por isso, o Flamengo é o que é. Magia. Adorável magia. Impossível viver sem ela.