Thiago Ribeiro / AGIF

Vasco apostou no terror

Vasco 0 x 1 Flamengo

Tirar o time do Flamengo do conforto, marcando o jogo para o Engenhão, até aí, tudo bem. Aliás, uma decisão mais preocupada em encurtar a distância técnica entre os dois times do que em estar de olho no aspecto financeiro, pois, no Maracanã, o público teria sido infinitamente maior e, em consequência, a arrecadação muito mais gorda.
O problema é que a estratégia de tirar o Flamengo do conforto invadiu as quatro linhas. Literalmente, o time do Vasco entrou em campo tentando ganhar na imposição, no jogo brusco, na porrada.

No primeiro tempo, até que deu certo, porém, com a quantidade de cartões amarelos distribuídos, a normalidade foi voltando aos poucos. A prova disso é que, na primeira etapa, foram seis cartões amarelos, contra apenas um na segunda.
Como houve jogo no segundo tempo, ganhou o melhor time.

Meu amigo Fred achou a atuação do Flamengo medonha. Não chego a tanto. O jogo foi atípico.
Tão atípico que Bruno Henrique, em noite de pouca inspiração, acabou como herói, autor do gol único e espetacular.
Arrascaeta, na criação, muito abaixo do que estamos acostumados a ver.
O time foi bem ou quase dentro da normalidade, do goleiro até Gerson, passando pelos quatro zagueiros e por Pulgar. Daí para frente, muito abaixo da média.

Como é que alguém pode ter dúvida de que o Flamengo tem goleiro, hein?
Rossi inspira confiança, pega todas as bolas defensáveis, algumas indefensáveis e também é bom na saída de bola. Ia esquecendo: também tem sorte…

Final encaminhada. Agora, é jogar sério no sábado que vem, mas com direito a curtir o carnaval. Justo. Muito justo. Justíssimo…