Gilvan de Souza/CRF

No embalo do bom caminho

Portuguesa 0 x 5 Flamengo

Jogo meio estranho, com muitas nuances.
Antes de a bola rolar, palpitava com amigos que o placar seria elástico. Chutei 4 a 0.
Errei por pouco, porém, até os 12 minutos do primeiro tempo, a Portuguesa já havia chegado três vezes, e com muito perigo, ao gol do Flamengo.

Mais do que nítido que não estava dando liga. E assim foi durante todo o primeiro tempo, em que saímos em vantagem graças a um balaço de Arrascaeta, ao oportunismo de Juninho e ao goleiro da Portuguesa – que não sabia onde a bola estava.
Parece que o primeiro tempo foi um treino, no qual o entrosamento foi chegando aos pouquinhos.

O que rolou na segunda etapa confirma essa tese. Mais uma vez, nosso treinador demonstrou sensibilidade em escolha simples, porém decisiva. Mesmo o time não apresentando atuação sequer razoável, retornou igualzinho para a etapa final. Um treinador insensível, até para mostrar serviço, ante atuação ruim na primeira metade, mexeria neste ou naquele jogador. Como o problema não era de ordem individual, e sim flagrante falta de entrosamento, Filipe Jesus, digo, Filipe Luís, mais uma vez, acertou na mosca.

Arrascaeta, pelo raro talento – o passe para o quarto gol foi um deboche… – e Luiz Araújo foram os destaques.

Há quem esteja plantando notícia dando conta de que, no fundo, o presidente Bap não tem interesse em construir o estádio. Chantagem pura, usando a mídia. A diferença desta diretoria se resume em uma palavra: responsabilidade. Não se pode comprar seja lá o que for sem saber quanto custa e como pagar. E isso está sendo desenvolvido com competência e responsabilidade.

Para finalizar, como ser humano e rubro-negro, vou dormir com o coração mais leve. As famílias dos nossos meninos do Ninho também.
O Flamengo voltou a ter alma.