Os mistérios do futebol

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) Klefer

Estava cá, pensando com os meus botões, enquanto tentava imaginar a melhor formação do Flamengo, sem Paquetá, para o jogo contra o Cruzeiro, pela Libertadores, se alguém esquece de jogar futebol.

Explico: William Arão veio para o Flamengo provocando verdadeira revolução no Botafogo. Começou bem, a ponto de merecer convocação para a Seleção Brasileira, com seu jogo voluntarioso, defendendo bem e, sempre chegando como fator surpresa ao gol adversário.

Hoje, Arão, com a chegada do volante paraguaio, é a quarta opção do treinador. Daí a pergunta: alguém esquece de jogar bola?

A pergunta é para provocar mesmo. Uma tentativa de se encontrar uma explicação para tamanho declínio técnico. E, muito em função disso, jogadores que estavam jogados no lixo em determinados clubes, repentinamente, como num passe de mágica, trocam de clube e voltam a jogar bola. Quantos e quantos casos poderíamos aqui citar…

Não há como não concluir que, nestes casos, “haja algo no ar que não seja avião de carreira…”. São tantos os fatores para um jogador dar certo, que quando nesta engrenagem algo falha, acontece o declínio. E, não preciso dizer que dirigentes, treinadores e psicólogos devem estar sempre atentos. Muitas vezes, a bobeira é deles ou, de um deles.


A não ser que haja um teatrinho para ludibriar Mano Menezes ou, uma jogada de marketing para, em cima da hora do jogo, anunciar a presença de Guerrero, seria absurdo acreditar na escalação de alguém que, estava contundido, que não treinou e com o contrato sendo encerrado na sexta-feira.

E o papo que corre é que o Internacional pode ser o próximo passo de Guerrero. Será que o Inter topa assinar um contrato de longo prazo, como quer o jogador? Será que o Inter encara pagar uma milha por mês?

Aliás, a camisa 9 tem enredo parecido com a 5, onde hoje Arão é a quarta opção. Na 9, igual. Arrancado do Fluminense, artilheiro do campeonato, Ceifador é a quarta alternativa do treinador.

Querem saber de uma coisa? Tenho sérias dúvidas entre Uribe e Ceifador. Acho que no par ou ímpar da pelada iria demorar para escolher…

Pela melhor campanha na fase de grupos, o Cruzeiro ganhou o direito de fazer o segundo jogo em casa. Acho que é uma vantagem, pois decisão mesmo é no segundo jogo.

Os matemáticos afirmam que quem faz o segundo jogo em casa tem 60% de chance de se dar bem. Da mesma forma, provado está que na disputa de pênaltis, o time que bate primeiro tem chance bem maior de sair vencedor. Aliás, o percentual é o mesmo, 60%, contra 40%.

O que me anima é o retrospecto do Flamengo, que tem jogado muito bem fora de casa. A batalha é dura, mas dá pra ganhar.

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