📸André Durão

FRA X FRU

Fluminense 0 x 0 Flamengo

Meu amigo e irmão de vida, Michel Assef, sugeriu “Pelada” para o título do blog. Em homenagem à história deste clássico mágico, inspirado no grande rubro-negro Bussunda, achei melhor partir para o bom humor, porém sem tirar a razão do grande benemérito do Flamengo.

Nosso time entrou relaxado, sabendo que, qualquer que fosse o resultado, nada de ruim refletiria no futuro. Para o Fluminense, era vida ou morte. Com este empate, o tricolor caminha para o grande mico de deixar o campeonato e ir disputar a Taça Rio…

Não vou aqui chover no molhado, lembrando que, sem De la Cruz e Arrascaeta, o poder criativo cai muito, até porque isto é óbvio.
Prefiro ir por outro caminho. O que me chamou a atenção foi o fato de termos abdicado das jogadas individuais. Esta sempre foi a melhor arma para abrir qualquer ferrolho defensivo. Desperdício: Michael e Bruno Henrique, que têm grande velocidade e boa habilidade, no mano a mano, preferirem tocar para o lado em vez de partir para dentro do marcador.
O resumo da ópera foi um jogo tático, disputado, porém paupérrimo em emoção.

Saindo das quatro linhas, direto para os gabinetes refrigerados. Não sou neófito e sei que os variados interesses comerciais contornam o mundo da bola. Agora, marcar o Fla x Flu para sábado, às quatro e meia da tarde, passa do limite. Tudo bem que a televisão tenha peso na definição de dias e horários dos jogos, porém sem agredir o bom senso e sem desrespeitar a história dos grandes clubes.
E não vai ficar por aí. Sábado que vem tem mais: Flamengo x Vasco. No mesmo horário…

Waldir Amaral, o genial narrador esportivo, que dizia que “Domingo é dia de futebol. O domingo é nosso…”, deve estar lá no céu sem entender este tipo de barbaridade.

No varandão da saudade, encerro com o não menos genial João Saldanha.
Vida que segue…