Sharapova

maria-sharapova-press-conference_1oqw33por72621pdgf7sdz26s5Esta história do doping da bela tenista Maria Sharapova é de deixar qualquer um intrigado e, no meu caso, decepcionado, não com ela, e sim com a raça humana.

No dia 22 de dezembro do ano passado, a WADA, agência mundial antidoping, distribuiu uma circular dando conta de que o medicamento Meldonium, ou Mildronate, utilizado para o tratamento de isquemia, quando falta sangue em algumas partes do corpo, ajuda na oxigenação dos músculos, aumentando o desempenho do atleta.

A Wada comunicou ainda que chegou a esta conclusão em 16 de setembro do ano passado, e que, a partir de 1º de janeiro deste ano, a citada substância seria considerada doping.

No dia 26 de janeiro, quando Sharapova foi eliminada nas quartas de final do aberto da Austrália pela americana Serena Williams, o material foi colhido e, agora, o resultado divulgado, indicando que Sharapova jogou sob os efeitos do tal Meldonium.

Sharapova afirma que utiliza o medicamento desde 2006 por recomendação médica, e que não leu o comunicado distribuído pela WADA, considerando que, a partir de 1º de janeiro de 2016, a substancia seria considerada doping.

A partir daí, sem que a tenista pudesse prestar maiores esclarecimentos, três patrocinadores “tiraram o time de campo”, ou seja, largaram a tenista sem que esta pudesse ter tido direito de se defender e, o governo Russo, querendo livrar a sua própria cara, ainda sem ter maiores detalhes sobre o tema, e sequer tendo a preocupação de ouvir a atleta, divulgou nota dando conta de que este tipo de comportamento isolado de Sharapova não refletia o que é o esporte na Rússia, que era um caso atípico. A nota termina da seguinte forma: “isso não pode ser projetado para o esporte russo”.

Francamente, bando de covardes e interesseiros que vivem voltados única e exclusivamente para o próprio umbigo, incapazes de, ao menos, dar a quem de direito a oportunidade sagrada de defesa.

Sharapova, que ainda não foi julgada, foi fuzilada pelos seus patrocinadores e pelos dirigentes esportivos do seu próprio país. Bando de covardes, oportunistas de carteirinha… protótipos e veículos do mau-caratismo.