Este post, obra e conteúdo de duas extraordinárias figuras.
A primeira, 100% rubro-negra, enquanto que a segunda, nem tanto, mas que nem por isso deixou de fazer parte de momentos marcantes e inesquecíveis de nossas vidas.
Hoje, dia dos namorados, nosso querido Flávio Godinho enriquece o blog com esta divina, sútil, adorável, mensagem de amor:
No clima, no dia dos namorados, nosso Paulo Cesar Lima contribui com esta obra prima musical:
E, no lance de – “recordar é viver” – polêmico e desafiador como é, deixou esta foto maravilhosa. Acertei tudo!!!
P.C. disse que não valia, pois além da paixão rubro-negra, eu era da casa, da família, no que tem ele toda razão.
Então, deixo o teste pra vocês…
Feliz dia dos namorados!!!
Renato; Moreira, Chiquinho, Fred e RodriguesNeto; Liminha e PC CaJu; Vicentinho, Dadá, Doval e Arílson.
SRNs
Andre , nessa época sabíamos a escalação dos times “de cor e salteado” como dizia minha avó.
Renato; Moreira, Chiquinho, Reyes e Rodrigues Neto; Liminha e Zanata(o “Paletó velho”); Rogério, Caio, Doval e Paulo Cezar. E o Luxa ainda saiu na foto do título por suspensão do Rodrigues Neto(o “seis de ouro da Gávea”, como dizia Waldir Amaral).
Gostava mais desse time de 1972, ano da chegada do PC Caju e dos títulos da Taça Guanabara e Carioca em dois Fla-Flus memoráveis. O primeiro com uma sonora goleada de 5 x 2 com as primeiras cambalhotas do Caio.
E, de quebra, ainda teve o gol histórico de Fio Maravilha contra o Benfica, num amistoso preparatório no inicio da temporada, infelizmentensemnTV, muito bem lembrado pelo Kleber em post anterior.
Acreditem: fazíamos pré-temporada jogando contra times europeus e jogando o Torneio do Povo, contra Inter, Atlético MG e Corinthians.
Como diz o filósofo: ” não é saudosismo, é saudade”.
SRN.
Verdade, Fernando.
SRNs
Clássico do E-commerce…
Foi assim que o brilhante João Guilherme, da Fox, abordou o tema sobre o patrocínio master no Flamengo.
Segundo João Guilherme, a Amazon até o momento, oferece 27,6 milhões de reais ao Flamengo, enquanto a B2W oferece 30 milhões de reais por ano.
Acontece que ambas as propostas se referem ao período de 18 meses de contrato, que é coincidentemente, quando acaba a gestão Landim.
Portanto estamos falando de 40 milhões oferecidos pela Amazon e 45 milhões oferecidos pela B2W…….. por 18 meses.
Agora portando, engana-se quem acha, que com os valores explícitos na mesa, ficou mais fácil escolher uma das empresas. Tudo depende do modelo de negócio (leia-se modelo de contrato) que será implantado.
Se for única e exclusivamente estampar a marca na camisa, então a proposta mais rentável financeiramente ao clube dele levar. Se o contato tiver qualquer outra complexidade envolvendo por exemplo, o e-commerce, então a escolha não será nada fácil.
Espanta-me contudo, o fato dos torcedores rubro negros terem preferencia explícita pela Amazon, unicamente pelo motivo de status. Status não paga a conta no fim do mês e, a julgar pela concorrência de ambas as empesas, acredito piamente que a diretoria não cairá nessa mediocridade.
O outro lado da moeda, ficou por conta da brilhante explanação de Mauro Naves.
Eu mesmo aqui no blog, temerário estava, de que seja qual for a empresa que perca a disputa no Flamengo, procuraria um outro grande time de massa no Brasil….. e que todos os caminhos poderiam levar ao Corinthians.
Não é bem assim. Mauro Naves comentou que o Corinthians vive um péssimo momento esportivamente. Vive um momento ainda pior politicamente, o que leva naturalmente a uma falta de engajamento do seu torcedor, ainda que o clube esteja em São Paulo, capital que tem uma renda per capita maior que o Rio de Janeiro.
No Palmeiras não seria possível por hora, uma vez que a Crefisa, paga por exclusividade da camisa. Santos, Grêmio, Inter, Cruzeiro(que vive um péssimo momento) e Atlético MG, estão sediados em mercados muito secundários e nixados.
Resta o São Paulo, terceira maior torcida do Brasil, mas nem de longe um time com torcida em âmbito nacional. Descartado!
Cariocas, nem pensar!
Portanto, pode ser, que quem perca a disputa não se interesse em por dinheiro em nenhum outro clube, e com isso, o Flamengo possa surfar sozinho na era digital.
Por outro lado senhores, confesso que nunca tinha visto um assunto ser tão explorado quanto esse ….. Clássico do e-commerce.
De norte a sul, de leste a oeste, não se fala em outra coisa que não seja, quem será o patrocinador master do Flamengo.
E há quem diga, que há a possibilidade de uma terceira empresa comer por fora e levar o caneco. Será ?
Aguardemos….. há quem acredite que o nome da empresa que estampará o nome na camisa do Flamengo seja anunciado nesse domingo na LIVE DO MENGÃO.
Abraços a todos !
Flamengo perder a Amazon por 5 mi de reais vai ser um tremendo tiro no pé. Não tem nem comparação, o lucro da B2W ano passado foi de 500mi de reais não é uma empresa com tanto recurso como parece, ecomerce trabalha com margem de lucro muito apertada.
Acho que realmente, vc não entendeu o meu post.
Desculpa!
Entendi que existem outras variáveis no negócio mas mesmo assim não era nem pra existir dúvidas, veja os balanços da B2W, 2017 resultado líquido -397 mi, 2018 -418 mi, ano passado tiveram lucro. Se fechar, vejo como patrocínio vôo de galinha, na primeira oportunidade vão sair vazados. Além de tudo a B2W tem uma fama imensa de atrasar pagamentos de fornecedores e parceiros.
A princípio Douglas NÃO EXISTEM OUTRAS VARIÁVEIS.
E por esse motivo, quem pagar mais leva.
Agora, se tivermos VARIÁVEIS,como por exemplo e-commerce, aí nesse caso poderíamos pensar numa Amazon.
Portanto….até agora……não dá p dizer qual foi o melhor negócio. Não sabemos o volume e a complexidade.
Ok meu caro Anderson, sobre os balanços, me enganei, ano passado a B2W também fechou com prejuízo. O problema do Flamengo é que, muito em função da imprensa, não culpo a diretoria nesse caso, geram muito barulho e no final das contas a montanha pare um rato. Mas se vier um patrocínio bom e pagarem em dia tá valendo.
Eu preferia a Amazon, mesmo que fosse um valor um pouco abaixo, acredito que com o passar dos tempos o Flamenfo ganharia muito mais, se o Flamenfo fechar com a Americanas será apenas mais um patrocínio do mesmo, com a Amazon o Flamengo ganharia estatus, podendo render mais dinheiro no futuro.
Status não paga conta. Mas respeito sua opinião.
Sim, Anderson status não paga conta,mais como falei, poderia ser que o Flamengo perdesse algum dinheiro agora,mais no futuro poderia ganhar mais,.
Provavelmente o fla tá levando em consideração uma forma de contrapartida aos sócios torcedores, já um tempo a diretoria busca mecanismos pra “recompensar” digamos assim, principalmente os off Rio. E essa parceria com o grupo da americanas pode ser a saída, haja visto que a americanas possui mais de 1500 lojas físicas pelo Brasil. Pontuação por troca de produtos, venda de produtos licenciados do clube nessas lojas. Algo nesse formato.
Todos os serviços que a Amazon poderia nos oferecer, ela pode fazer sem ser a patrocinadora do clube, principalmente o streaming de jogos, que se acontecer da lei geral do esporte ser aprovada. ( acho que vai demorar ainda) ela pode comprar os nossos jogos e transmitir, mas isso é papo pra daqui 2 anos e olhe lá.
Mas poderia fazer uma parceria de transmissões de treinos ao vivo, documentário da libertadores, incorporar o canal flamiguinhos, tem uma gama de possibilidades . Espero que nossos dirigentes façam a escolha certa que seja melhor pro clube.
SRN.
Então minha filha tinha nascido e costumava ir a praia ali ao lado da Montenegro cheguei cedo por causa dela e presenciei na praia o nascimento de um outro esporte em que um dos fundadores foi um jogador nosso a 36 anos atrás estava nascendo o Futevôlei e um dos jogadores era o Narcisio Doval.
Mesmo não ganhando títulos de expressão , campeonato brasileiro ficava lá trás , eu adorava este time , Doval era meu grande ídolo , mas gostava muito do Rodrigues Neto , Liminha e Arilson !
Entre Amazon e Americanas, ainda que a 1a tenha oferecido um pouco menos, eu não teria dúvida: AMAZON.
Projeção internacional, mídia, e-commerce, streaming, tecnologia, …. quebraremos a internet!
E não venham dizer que pode acertar com as Americanas e depois ver questao de streaming com a Amazon. Acham que esta iria se associar ao Flamengo com parceria vigente com empresa concorrente no segmento de e-commerce? Claro que não!
Ao longo do tempo, a Amazon certamente verá que fez bom negócio e vai tirar essa diferença de grana de agora facilmente.
Torcendo muito, mas muito mesmo, pela Amazon.
Projeção internacional, mídia, e-commerce, streaming, tecnologia, …. quebraremos a internet!
Não sabemos se o patrocínio vai alem de estampar a marca na camisa.
Se for só isso….quem pagar mais deve levar.
Se for mais complexo……aí sim vale o estudo.
Sobre o texto do Flávio Godinho . Dia dos Namorados. Coisa de Cinema . Tem que respeitar. Amor sem limite .Parabéns Flávio.
Landim e Bap são pessoas ligadas ao mercado e entendem muito bem do assunto, isso não se discute. Qualquer que seja a empresa escolhida, não tenho dúvidas de que um criterioso estudo sobre prós e contras de cada empresa foi analisado a fundo. Essa dupla pode não ter coração, como alguns dizem, mas são cerebrais quando o assunto envolve recursos financeiros. A pandemia do corona vírus impediu que o Flamengo batesse seu próprio recorde de receitas esse ano, mas ficou evidente para o mercado que gente da melhor qualidade comanda o Flamengo hoje. Tanto é que grandes empresas estão procurando o Flamengo com ótimas propostas mesmo diante de um cenário cheio de incertezas. Para mim, qualquer que seja a empresa anunciada, já lucramos muito com a saída do BS2, pois os valores anunciados são bem superiores ao que o banco BS2 pagava.
Hélder, sem dúvida, os que hoje comandam o Flamengo são raposas velhas de Mercado. Você tem razão quando diz que o que eles escolherem será o melhor para o Clube.
Que analisem bastante as ofertas e que não incorram no erro da “parceria do azeite ” que, embora de valor ínfimo comparado ao patrocínio master, desgastou a imagem do clube e ainda desaguou num calote que terminou na Justiça.
SRN.
Que analisem bastante as ofertas e que não incorram no erro da “parceria do azeite ”
Nesse caso o BS2 tbm foi um erro para os dois lados.
Estamos saindo de 15 milhões mais variáveis ( que chegaram perto de 2 milhões) para 30 milhões mais variáveis.
Mas o BS2 parece que perdeu a mão ou subiu a cabeça cedo demais …..e perdeu uma grande oportunidade.
Sei não ……mas a Livedo Mengão, até agora, foi um fracasso.
43 mil foi o máximo de torcedores acompanhando.
Cheio de erros…..cheio de improvisações fora de hora.
Além disso, o ex goleiro Getúlio Vargas, que participaria do evento, testou positivo na sexta feira, no teste realizado no Flamengo. Além dele, desconfio de uma jornalista, que também participaria, mas como a mesma ainda não se manifestou, não cabe citar o nome.
Nao sei o que os executivos dessas mega-empresas devem estar achando da prática rubro-negra de esconder seus astros e patrocinadores da grande mídia.
Será que vão colocar 40 milhões de reais num patrocínio que vai expor suas marcas na FlaTv pra 43.000 pessoas? Como leigo em marketing esportivo, observando apenas como torcedor, gostaria da opinião dos especialistas.
Mas quem disse a vc que ” só estar ” na Fla Tv é poblema para as marcas ??
São 3,4 milhões de pessoas que elas não tinham acesso, só no Youtube.
São 42 milhões de pessoas como torcedoras do Flamengo
26 milhões dentro das redes sociais do Flamengo.
Estar só nas redes sociais do Flamengo, nunca foi problema………pelo contrário……..é isso que atrai patrocinadores
Verdade, apesar de não ter 20, 30 anos, reconheço que, num futuro próximo, TVs abertas e fechadas vão desaparecer em função do crescimento exponencial de audiência nas redes sociais, que são objeto de desejo dos grandes anunciantes.
Só que, como esse futuro próximo ainda não chegou, as TVs, na minha opinião, ainda têm papel importante na divulgação de marcas.
Como não sou estudioso no assunto, posso ter sido sugestionado pela sua afirmação de que a Live até então era um fracasso, assistida por míseras 43.000 “testemunhas” num universo de 3,4 milhões do YT.
Obrigado pelos esclarecimentos.
O @UOLEsporte publica: Flamengo está muito próximo de fechar patrocínio master com a Ame, plataforma digital de pagamentos do grupo Lojas Americanas. Em uma tacada só, “protege” o mercado de e-commerce no país e dá visibilidade ao aplicativo. (esta é uma thread opinativa)
Por Felipe Ribbe
Por que protege o mercado de e-commerce?
Porque a Amazon, apesar de global, ainda não é muito conhecida do grande público no Brasil. A cartada inicial para conseguir esta visibilidade seria pegar o master do Flamengo, o que fatalmente tiraria market share dos concorrentes.
O principal deles, a B2W, líder no comércio eletrônico no país, faz parte do Grupo Lojas Americanas. Claro que a Amazon tem outros meios e bastante capital para conseguir esta visibilidade, mas será que segue tentando pelo caminho do futebol? Estou curioso para saber.
O que as Lojas Americanas ganham colocando a Ame na camisa do Flamengo?
Além de tirar a Amazon da jogada, ganham visibilidade para o app, o que pode aumentar não só o número de usuários, como também atrair mais lojas que aceitem a Ame como forma de pagamento.
Hoje as principais lojas são as do grupo: Lojas Americanas físicas e online, Submarino, Shoptime e SouBarato. Existem outras conhecidas como Zeedog, Wöllner, Taco, Monte Carlo, Technos, Motorola. Curiosidade: Espaço Rubro-Negro está na lista, assim como a loja oficial do Botafogo.
Importante: fechar com o Flamengo não garante à Ame aumentar o número de usuários. Claro que o impacto inicial deve fazer crescer a base de clientes, mas se o trabalho não for constante, a “onda” naturalmente passa, assim como aconteceu com o BS2.
Importante também aguardar para confirmar valores (UOL fala em R$30 mi por 12 meses) e se haverá cláusulas variáveis, algo muito comum hoje em dia. Mesmo se não tiver, insisto que para o Flamengo (e qualquer clube) seria muito importante começar a desenvolver uma base de dados.
Isso é um ativo muito valioso, que em uma negociação como esta teria grande peso. Imagine se o clube tivesse dados de 2 milhões de torcedores, por exemplo. A Ame poderia falar diretamente com estas pessoas, de forma personalizada; isso custaria mais caro para ela.
De qualquer maneira, se confirmado o patrocínio, o valor e o tempo de contrato, considero bom pelo cenário atual e por serem 12 meses. Mas vou sempre bater na tecla que os clubes de futebol precisam pensar grande e ir além de somente exposição na camisa.
Mesmo não sendo a Amazon, uma aproximação com o grupo Lojas Americanas pode ser muito benéfica ao clube. Vamos aguardar os próximos capítulos.
Lojas Americanas são muito populares no Brasil. Dá pra tentar uma ampla contrapartida ao ST, sobretudo pros “off-rio”. SRN!!!
Segundo informações ,a Amazon que deu para trás, onde a princípio trabalhava com 40 milhões e depois do vírus a mesma ofereceu 30% a menos.
Presidente,
Amanhã dia 16/06, o Maracanã estará completando 70 anos.
Na expectativa de uma grande matéria sobre os melhores momentos do Flamengo nesses 70 anos.
Muitas histórias, muitas alegrias…
Não existe ninguém e nem espaço melhor para reviver e comemorar essa data com grandes recordações.
Abraços.
EXCELENTE MATÉRIA = Vale a pena entender e compreender cada vírgula
As finanças do Flamengo em 2019: se ambições não comprometerem as contas, tudo indica que a hegemonia rubro-negra começou.
Rodolfo Landim mudou postura e imagem do clube no mercado, com salários mais altos e muitas contratações, e não há nada que preocupe demais. Desafio agora é consolidar liderança.
Por Rodrigo Capelo
Senta que lá vem a história. Na mitologia grega, Dédalo e seu filho Ícaro foram presos por ordem do rei Minos no labirinto que o próprio Dédalo, engenhoso e inventivo, havia ajudado a construir na Ilha de Creta.
Sabedor de que o labirinto era quase invencível, o pai improvisou pares de asas para que eles saíssem de lá voando. Dédalo recolheu folhas de pássaros caídas pelo chão, colou-as com cera de abelha em estruturas feitas de madeira, enfim, montou os aparatos para a fuga.
Dédalo advertiu o filho Ícaro antes de levantar voo: não voe baixo demais, próximo ao mar, para que a umidade não molhe as penas; nem voe alto demais, para que o calor do sol não derreta a cera.
Eles sofreram para se acostumar a bater asas e lidar com a ventania, mas, eventualmente, conseguiram. Saíram do labirinto e voaram para longe. Deslumbrado com o céu, a liberdade e a incrível capacidade recém-adotada, Ícaro se afastou do pai e voou acima das nuvens.
Não deu outra. O calor derreteu a cera de abelha, as folhas se desprenderam da haste de madeira, e Ícaro despencou em direção ao mar. Dédalo tentou alcançá-lo. Acabaria só encontrando o corpo do filho.
De volta ao futebol…
A passagem de Ícaro na mitologia grega cabe ao Flamengo, de certa forma. Depois de muito tempo preso num labirinto tido como quase invencível, o clube montou suas asas e voou para longe. Com os títulos do Brasileiro e da Libertadores conquistados em 2019, voou muito alto esportivamente.
Nas finanças, ninguém chegou à mesma altura.
A arrecadação rubro-negra é a maior já registrada no futebol brasileiro. Praticamente todas as linhas tiveram acréscimos relevantes, sobretudo as que tiveram impacto direto das conquistas em campo.
Na televisão, a fórmula de distribuição do dinheiro das televisões aberta e fechada mudou em 2019 e ficou mais equilibrada e meritocrática. O
Flamengo continua na dianteira. Como sua participação sobre o pay-per-view também é muito superior às demais, disparou.
Outra explicação para os direitos de transmissão R$ 100 milhões acima do ano retrasado está nas premiações. No momento em que o futebol tornou as receitas mais variáveis, com a supervalorização da Libertadores e da Copa do Brasil, o dinheiro pago por essas competições aumentou. Elas são compreendidas como tevê nesta análise.
Na área comercial, houve um decréscimo de R$ 4 milhões. Quase nada. O Flamengo perdeu o patrocínio da Caixa, que saiu do futebol, e conseguiu se manter mais ou menos no mesmo nível com patrocínios privados. Foi bem, diante das circunstâncias e na comparação com rivais.
Bilheterias mais do que dobraram. O sócio-torcedor também aumentou. Com reajustes nos preços, até o quadro social que frequenta o clube rendeu mais. A renda gerada por meio da torcida é a maior do país.
E nas transferências de atletas, facilitado pela venda de Lucas Paquetá ao Milan – ocorrida no segundo semestre de 2018, porém contabilizada integralmente no balanço de 2019 –, o Flamengo se tornou o primeiro brasileiro na história a arrecadar R$ 300 milhões com jogadores.
Se não houvesse pandemia, o desafio flamenguista seria equilibrar as receitas num cenário em que não repetiria os R$ 300 milhões com jogadores. Patrocínios precisariam subir, principalmente, para continuar próximo do R$ 1 bilhão por ano. Mesmo tendo vendido Reinier para o Real Madrid por valor novamente muito alto, acima dos R$ 100 milhões.
Com a pandemia do coronavírus, bilheterias tendem a render muito menos. Paralisação das competições, recomeço com portões fechados, um decréscimo nesta linha será inevitável. Patrocínios e jogadores serão ainda mais importantes para continuar no mesmo patamar em receita.
Nota técnica:
A comparação entre orçado e realizado não é perfeita, pois o orçamento não detalha as receitas com social, amador e outros (todas reunidas no quadro abaixo em “outros”), nem detalha remunerações apenas do futebol. Em vez disso, mostra do clube inteiro.
Nos gastos, o Flamengo mudou de estratégia. Em vez de poupar dinheiro para pagar dívidas, regra dos seis anos anteriores sob Eduardo Bandeira de Mello, a diretoria do novo presidente Rodolfo Landim aumentou a aposta para enfim conquistar títulos.
Para que se tenha visão mais clara da mudança de postura, essas são as remunerações do futebol – que incluem salários, encargos trabalhistas, direitos de imagem, direitos de arena e gratificações, porém sem considerar o clube social e esportes olímpicos/amadores.
Folha salarial
R$ 89 milhões em 2015
R$ 125 milhões em 2016
R$ 175 milhões em 2017
R$ 211 milhões em 2018
R$ 341 milhões em 2019
Um asterisco importante:
como estão incluídas na folha as bonificações pagas ao elenco profissional pelas conquistas de campeonatos, esta parte ajuda a explicar um aumento tão relevante em 2019. Que pode não se repetir em 2020, caso os “bichos” pagos não sejam os mesmos.
É ruim que o Flamengo gaste tanto com salário de jogador? Muito pelo contrário. A presença de gente como Jorge Jesus e Arrascaeta, entre tantos outros de primeira linha para padrões nacionais, só ocorre porque o clube pode remunerá-los à altura. Este é o objetivo primário.
Enquanto o clube estiver fechando suas contas no azul – e em 2019 elas fecharam também graças aos títulos –, estará tudo certo.
Mudando de métrica, a evolução do investimento feito na contratação de jogadores ajuda a dimensionar a mudança de estratégia com Landim na presidência. Trata-se dos valores efetivamente desembolsados na compra de direitos econômicos e federativos, conforme o fluxo de caixa.
Compra de direitos de jogadores
R$ 37 milhões em 2015
R$ 43 milhões em 2016
R$ 71 milhões em 2017
R$ 124 milhões em 2018
R$ 243 milhões em 2019
Os números mostram duas coisas.
Primeiro: o Flamengo se sacrificou mesmo para que pudesse ter a atual capacidade de investimento, pois investiu e gastou pouco com jogadores enquanto pagava dívidas.
Segundo: se alguém ainda tinha dúvida sobre a nova postura no mercado de transferências, os dados da temporada passada confirmam.
Até aqui passamos por receitas e despesas, depois pelo fluxo de caixa para mostrar investimentos na compra de atletas. Entraremos nas dívidas. Para que o blogueiro não tome bronca de contadores, favor não fazer cálculos por conta própria misturando fluxo de caixa e dívidas, ok?
A diretoria deveria zerar as dívidas? Na verdade, não. Importante é tê-las sob controle. Isso significa ter capacidade de manter os pagamentos dentro do prazo, evitar multas e juros, manejar as dívidas para voar mais alto no futebol sem comprometer as finanças. Isso é básico.
No caso do Flamengo, houve um aumento recente no endividamento por uma razão simples. À medida que jogadores são comprados “a prazo”, as parcelas podem não estar atrasadas, mas são literalmente dívidas. Pois foi justamente nesta linha que houve aumento considerável.
O detalhamento abaixo mostra quanto era devido pelo Flamengo pela compra de jogadores na data de fechamento do balanço: 31 de dezembro. Isso inclui os direitos econômicos e federativos (pagos ao clube vendedor) e comissões e luvas (pagas a intermediários e atletas). Com um recorte importante: apenas no curto prazo. Pois assim o torcedor tem uma noção mais clara da pressão nas contas.
Contas a pagar por jogadores no curto prazo
R$ 18 milhões em 2016
R$ 24 milhões em 2017
R$ 62 milhões em 2018
R$ 118 milhões em 2019
É muito dinheiro, sem dúvida, mas dois números aliviam um pouco qualquer princípio de preocupação. O Flamengo encerrou 2019 com R$ 88 milhões em caixa e ainda tinha R$ 50 milhões a receber por vendas de jogadores no curto prazo. Grosseiramente, uma coisa anula a outra.
Muito melhor analisar o endividamento assim, quebrando em partes para entender o que há de mais grave, do que com o número bruto. Até porque da dívida inteira praticamente a metade está equacionada no longo prazo por meio do Profut e não suscita nenhuma preocupação.
Empréstimos bancários tomados na temporada passada para equilibrar o fluxo de caixa são baixos demais. Mesmo se considerados os R$ 40 milhões noticiados em 2020, consequência do aperto causado pelo coronavírus, não parece haver nada de errado com as contas.
O Flamengo está em uma situação singular na história recente do futebol brasileiro. Não houve entre outros campeões a percepção clara de que estavam, no topo da tabela, tranquilos financeiramente.
O Cruzeiro operava muito acima de sua real capacidade nos anos em que foi campeão nacional; o Fluminense tinha um parceiro externo que pagava as contas; o Corinthians logo se complicou com a construção de seu estádio; só mesmo o Palmeiras acompanhava o passo rubro-negro.
Não acompanha mais. Na arrecadação, no custo, nas contratações. O Flamengo voa sozinho. E os números mostram que uma hegemonia esportiva – com títulos conquistados em série, como fazem os gigantes europeus – é provável numa conjuntura de quebradeira generalizada.
O desafio rubro-negro passa a ser o de Ícaro. Voar para longe do labirinto de Creta que caracteriza o futebol brasileiro, sem deixar que suas asas queimem. Não assumir dívidas que não poderá pagar, não elevar demais seus custos, nem voltar a fechar contas no vermelho. Esses são conselhos que Dédalo daria ao filho para não vê-lo despencar.
@rodrigocapelo
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Matéria esclarecedora em todos os aspectos. Recomendo!
Muito bom artigo, Anderson.
Essa semana é decisiva. Vamos ver o que acontece em relação aos 3 patrocínios. Tenho quase certeza que iremos faturar bem mais do que nos acordos anteriores. A minha maior apreensão é em relação ao TIPO de parceria. Em uma visão de médio prazo, nós realmente precisamos evoluir na parte de licenciamento e de gestão de banco de dados, ou seja: um novo programa de sócio torcedor, muito mais amplo, que não dependa exclusivamente de ingressos. Seria ótimo que o acordo envolvesse esse desenvolvimento, em parceria com especialistas.
Na minha opinião esse é o salto quântico para os próximos anos, em termos de receitas. Chegou a hora de ir para outro patamar – do que ficar apenas disputando a liderança em redes sociais de terceiros.
SRN 7
Agora estão ventilando q o patrocínio é o BRB, pelo menos banco tem dinheiro, a diferença entre B2W pro BRB é quase 1 bi de reais. Ano passado B2W fechou com quase 500 mi de prejuízo e o BRB com quase 500 mi de lucro líquido. Qualquer banco pequeno ou médio tem muita grana se for patrocínio nacional o melhor é que seja algum banco mesmo.
Deu BRB