Lucas Figueiredo / CBF

Na CBF, a falta de critério. No Flamengo, a irresponsabilidade movida pelo ódio

Primeiro a CBF. Saiu a convocação para as eliminatórias. No que nos diz respeito, foram chamados Éverton Ribeiro e Gabigol.
Estes dois – e certamente Arrascaeta e Isla – desfalcarão o Flamengo no segundo jogo contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. Passando pelo Grêmio, também ficarão de fora do possível jogo, ainda pela Copa do Brasil, na primeira partida da fase semifinal.
Pelo Campeonato Brasileiro, jogaremos desfalcados contra o Santos e, Atlético Goianiense, ambos os jogos no Maracanã.
Como diria Boris Casoy: “Isto é uma vergonha!!!”

Não quero aqui discutir calendário, pois de nada adiantaria. O que está aí é esse e, com ele temos que conviver. Quero discutir critério de convocação. Se fosse o presidente da CBF, chamaria o treinador e DETERMINARIA o seguinte: só convocar jogador que atua no Brasil se for para ser titular. Para compor, que se faça com jogadores que atuam no exterior. Desta forma, a seleção seria preservada, sem qualquer prejuízo, e os clubes não seriam tão prejudicados.
Como sabemos, Gabigol e Éverton Ribeiro não são titulares da Seleção Brasileira e duvido muito, não por eles e sim pelo treinador, que venham a ser.


Agora, o Flamengo.

Enquanto os hospitais cariocas estão no limite, sem leitos disponíveis em função desta nova variante Delta, o Flamengo tem reunião do Conselho de Administração, na próxima segunda-feira, exclusivamente presencial, em local fechado (salão nobre), onde será apresentada proposta de suspensão do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello por noventa dias, período suficiente para afastá-lo das próximas eleições e primeiro passo para sua eliminação do quadro social.
Tudo errado. Na forma, pela irresponsabilidade em juntar tanta gente em local fechado em meio a uma pandemia. No conteúdo, pela brutal injustiça com um ex-presidente que cometeu o “pecado” de dizer o que pensa.
Confesso que fico espantado ante a passividade e omissão do presidente Rodolfo Landim em não colocar um freio neste grupo do ódio que se alimenta com a maldade.
E muito me espanta que a prefeitura do Rio admita este tipo de aglomeração, onde muitos velhinhos podem estar carimbando seus passaportes para um leito de hospital e, sem nenhuma garantia de que haverá vaga.
Tudo isto é muito triste.