Final de semana armazenando dados. Vi alguns jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa América, além de ter interagido com os companheiros do blog. Como balanço final, vou chegando à conclusão de que estamos vivendo no mundo do futebol um momento de raro equilíbrio, em que o nivelamento chega a ser surpreendente, pena que seja por baixo.
Na Copa América, a Argentina, com um gênio e muitos bons jogadores, após estar vencendo por 2×0, sai de campo amargando um empate com o Paraguai. A Colômbia, de James Rodrigues e cia…, perde para a Venezuela, histórica caixa de pancada na Copa América. O México, tão elogiado ultimamente, empata em 0x0 com a modesta Bolívia, que só é time de primeiro mundo quando joga em casa, quer dizer, quando joga na altitude…
O Brasil, que vem de uma longa sequência de vitórias, se não tem Neymar, sei lá…
No Campeonato Brasileiro, a maior prova de que o equilíbrio é flagrante, está na classificação, onde Atlético Paranaense e Sport fazem parte do G4 e, na quinta colocação, aparece a surpreendente Ponte Preta que, se não tivesse empatado em casa com o Goiás em 0x0, estaria no G4, no lugar do Corinthians.
Será que estamos passando por um momento de transformação no futebol e não estamos nos dando conta disso? Será que, no futebol, virou tudo japonês?
Acho que tá tudo nivelado muito por baixo mesmo, se o Náutico não tivesse levado uma porrada de cinco do Bragantino nesse final de semana, acho que nossa chance de passar de fase seria bem menor, como perderam feio, a moral deve ter caído, e como você sempre fala, confiança é tudo, e a deles deve ter dado uma bela baixada.
Acho que com isso vamos para cima e detonaremos eles, mas que há nivelamento, tenho poucas dúvidas, tanto que o Náutico, da série B, continuará sendo um grande risco para a gente.
O Futebol sempre evoluiu, assim como todos os esportes. O problema foi chegarmos num nível em que achávamos que não havia mais para onde evoluir e que nunca existiriam jogadores tão talentosos quanto os brasileiros. A raça, disposição, foi transformada em ‘intensidade’ e técnicos e preparadores físicos conseguiram fazer jogadores correrem o tempo todo sem ter que apelar para a valentia ou os brios dos jogadores. Com todos correndo o tempo todo, resolveu-se organizar a correria. O Talento continua se sobressaindo, mais do que nunca. No dia em que conseguirmos ter um calendário que nos permita jogar no máximo 50 vezes ao ano; treinadores que não vivam jogando para não perder devido o constante receio de perder seus empregos; E jogadores que realmente queiram se aperfeiçoar para poder entender o que seus técnicos tentam ensinar, estaremos em outro nível. Mas até lá…
Eu já deixei de acompanhar futebol como entretenimento há muito tempo. Limito-me a alguns jogos e muitas vezes desisto no meio do caminho. Já fui de assistir tudo quanto era jogo que era possível assistir, até depois de ocorrido, tanto que gostava. Hoje não sinto mais o mesmo tesão. Seleção nunca perdia um jogo. Hoje, raramente assisto.
Saber que a corrupção impera, que nossos clubes não passam de vitrines para empresários gananciosos, arbitragens ridículas, alguns gramados que mais parecem pastos e times sem grandes jogadores produzindo jogos sonolentos, que ânimo poderíamos ter para assistir jogos com frequência? Meu clube de coração, Flamengo, ainda teimo em assistir por ser coisa que vem lá da infância e de ter tido o privilégio de ver um dos melhores times que o Flamengo já montou como equipe. Ali dava gosto. Hoje não podemos dizer o mesmo. Sayonara. SRN
Não é bem assim tudo japonês.Em se tratando do Futebol o País tem centenas jovens com capacidade de jogar futebol coisa que em outros locais do planeta não tem (Incluo inclusive os que são campeões do mundo)Porque eles se igualam a nós? Provavelmente usam tecnologia uma triagem mais especifica trabalham com a biologia e a genética.
O que me da impressão é que continuamos no século XIX com a mentalidade cultural de que podemos achar grandes jogadores em qualquer esquina e o futebol é do século XX. Tecnologia temos até de sobra é do sec. XXI só que eles não não praticam isto nas escolinhas que fica a cargo de dois ou três observadores que qualificam as crianças através de uma avaliação que considero ultrapassada.
Estamos lidando com modelos de crianças diferentes do nosso tempo são mais evoluídas raciocínio mais rápido e se faz necessário triar os melhores dos melhores, no futebol atual vc não tem mais de 3 segundos para tocar a bola.
A solução de voltarmos a sermos diferentes continua sendo, a base trabalhar em conjunto com outros profissionais, para descoberta de talentos acima da média.
Eu acredito que sim Presidente! Temos poucos craques atualmente no futebol, no nosso país então, jogando aqui, NENHUM! Fora temos o Neymar, então nosso “brasileirinho” é isso ai, sem técnica, só tática, já que os treinadores estão mais preocupados em tirar os times lá de baixo e garantir seus empregos. Acredito também que a formação não é mais tão boa quanto já foi. Prova disso, quando foi a última vez que nosso Flamengo formou um craque, ou mesmo um bom jogador?