Hoje, almocei com Bruno Rodrigues, o Brunão, talentosa figura do marketing esportivo e, filho desta bandeira do rádio, que é o meu irmão Washington Rodrigues, o Apolinho.
Brunão fez com que todo o restaurante caísse na gargalhada contando uma passagem em que o personagem principal foi Castor de Andrade.
Para quem não sabe, Castor era uma das principais figuras do futebol do Rio de Janeiro, presidente do Bangu e, em paralelo, um dos “papas” do jogo do bicho. Ainda para quem não sabe, e principalmente para os mais jovens, registrar que uma das maiores paixões de Castor de Andrade era o nosso Velho Apolo.
O nosso personagem, que também adorava música e era frequentador assíduo das principais casas de espetáculo da cidade, num determinado sábado à noite, saiu de sua “prisão domiciliar” para ver um show no Canecão. Como não podia sair, para não ser reconhecido, contratou como sempre fazia, famoso maquiador de TV, que o deixou mais uma vez irreconhecível, inclusive nesta oportunidade, com barba e bigodão.
Maquiagem feita, Castor chamou a madame e juntos foram pegar o Velho Apolo e Maria Lucia na Rua Timóteo da Costa, no Leblon. Os quatro entraram juntos no Canecão, travaram contato com bilheteiros, porteiros, garçons e com as pessoas próximas à mesa onde estavam.
Tudo correu maravilhosamente bem. Show espetacular e Castor de Andrade, inteiramente despercebido. Fim do espetáculo, caminharam para pegar o carro, Castor pagou ao guardador, que recebeu a grana, e sapecou: “Valeu, seu Castor!!!”. Intrigado, Castor vira para o guardador e diz: “Ô rapaz, você foi a única pessoa que me reconheceu…”. O guardador, rindo, mandou ver: “Seu Castor, o senhor é a única pessoa que conheço que paga 50 reais de gorjeta”…