(Foto: Veja)

Arrascaeta, a lei do jogo do bicho e a Superliga

Vamos começar pelo nosso meia mais criativo, De Arrascaeta, que deixa no ar entre os rubro-negros uma dúvida enorme se o problema verdadeiro é no tornozelo ou no bolso.

Neste final de semana tive um bom papo com um grande rubro-negro, muito próximo ao presidente Rodolfo Landim. Na nossa conversa ficou claríssimo que o problema de Arrascaeta não é o tornozelo e, também, o bolso. O problema é maior: são os bolsos!!!!

De quem? Claro que, do jogador e – também – de seu representante, que é uruguaio e não vive um bom momento financeiro e profissional, o que faz com que a necessidade de solução do que pleiteia junto ao Flamengo seja para ontem…

O contrato de Arrascaeta prevê que o jogador atingindo um determinado número de minutos jogados, obriga o Flamengo a ir adquirindo anualmente um determinado percentual dos direitos econômicos junto ao empresário.

A discussão é essa. O empresário alega que Arrascaeta só não está atingindo as metas, em função das convocações para a seleção uruguaia. O Flamengo contra-argumenta com a máxima de Castor de Andrade, muito conhecida no jogo do bicho: “VALE O QUE ESTÁ ESCRITO”.

Aliás, já foi comunicado aos jogadores que, daqui para frente, nenhuma promessa tem validade se não tiver a assinatura do presidente. Com esta atitude, a diretoria espera acabar de vez com os argumentos de que algo foi prometido e não foi cumprido.

Voltando ao assunto original: tenho a sensação de que, se não houver um entendimento entre as partes, corremos o risco da convivência se tornar insuportável e, em consequência, ficarmos a pé, no início da temporada, sem nosso meia mais criativo.


 

Para encerrar, o tema do dia: A criação da Superliga, com um campeonato europeu onde os fundadores da liga jamais correrão o risco de rebaixamento.

Embora o futebol seja um negócio, há limite para tudo. Neste caso, o limite é ultrapassar o interesse esportivo. Tudo pode, desde que, o esporte não seja avacalhado, aviltado…

Os donos endinheirados dos clubes europeus, que não são do ramo, não pensam em outra coisa qual não seja o prazer do lucro descomunal. O prazer de cada um de nós, torcedores e apaixonados pelo futebol,  não passa pela cabeça deles.

Gulosos, insensíveis e burros, pois não percebem que estão querendo colocar na panela a galinha dos ovos de ouro…