Na página 3, do Globo, o advogado e craque em gestão do esporte, Pedro Trengrouse, termina sua explanação sobre a situação de clubes e entidades, de forma pragmática e brilhante.
Tive a ousadia de mudar aqui no blog o título original – que foi ESPORTE É PANDEMIA – por ESPORTE PÓS PANDEMIA, pois entendo que este tenha sido o objetivo real que inspirou o brilhante Pedro Trengrouse a desenvolver o tema e concluir o raciocínio com absoluta perfeição.
Meus amigos, alguém dúvida que o mundo irá mudar, passada esta tempestade?
Alguém dúvida que, até que se retorne ao ponto onde estávamos, um longo e novo caminho, obrigatoriamente, será percorrido?
Alguém duvida que o faturamento de clubes e entidades, por um longo período, será infinitamente menor?
Alguém duvida que a única solução seja começar do zero, readequando a convivência com quem faça parte do mundo esportivo? (fornecedores, patrocinadores, atletas, treinadores e por aí vai).
No texto, Pedro, além de isto enfatizar, mostrou o caminho das pedras, qual seja zerar o passado e começar vida nova, dentro de realidade completamente diferente.
Vamos pegar o Flamengo como exemplo. Como conseguiremos cumprir os compromissos acordados antes do vírus chegar, se na retomada de vida, além do buraco financeiro criado, a captação de recursos será infinitamente menor?
Enfim, um mundo novo se avizinha e, como sempre, quem sair na frente terá resultados positivos de forma mais rápida.
Quem ficar esperando, vendo a banda passar, para tomar decisões, vai ficar para trás e, dependendo da grandeza e importância, corre o risco de ser varrido do mapa.
Mais importante que sair na frente é sair de forma certeira.
Errar o alvo e principalmente o foco, quando da retomada do futebol, pode trazer um caos ainda pior que a própria pandemia.
mudando de assunto radicalmente,que papelão do Bandeira de melo,falar que se tivesse a frente do flamengo não aconteceria aquela tragédia no ninho. é bom lembrar que aquilo aconteceu em fevereiro,no inicio da gestão do Landim,portanto quem colocou e não tirou as crianças dos containers foi na sua gestão. o que mais me intriga é o cara ficar falando como não tivesse culpa também. foi um presidente maravilhoso,mas gosta de botar lenha na fogueira,já estamos sofrendo com a falta de acerto com as familhas e o cara jogando conversa fora!
Esse corretor de texto é ótimo , escrevo família e ele vem com familha
Anderson, amigo,
Sair de forma certeira nada mais será do que se enquadrar dentro de uma nova realidade, não gastando além do que arrecadar, além da busca incessante por
novas receitas. Ou seja, o BÊ A BÁ!!! problema é que isto seja entendido o mais rápido possível e, à partir daí, mãos à obra, na tentativa de que todos entendam que, pelo menos por um bom tempo, as perdas serão inevitáveis.
Forte abraço.
A sete anos o Flamengo é muito bem administrado financeiramente. Como nunca foi anteriormente. Portanto, não é disso que tenho medo ou qualquer tipo de preocupação.
Me refiro especificamente a postura do presidente Landim e seus pares, para a antecipação dos treinos e consequentemente dos jogos, ainda que de portões fechados.
Há na Gávea como você deve saber, um racha político quanto a essa questão específica.
E, como o Landim e sua trupe, administram crises se ausentando, enfiando a cabeça no chão como avestruzes e sumindo por tempo indeterminado da mídia, essa ao meu ver não é uma maneira certeira de sair dessa crise.
O ponto em questão é : Deixa as autoridades de saúde se manifestarem em relação a liberação social das pessoas. Até lá, mantenha os atletas, comissão e funcionários de quarentena. É isso que parece que não foi entendido de forma clara pelo presidente.
A mim, isso é sair de forma certeira.
Hoje sabemos que o Flamengo possui contratos longos e muito onerosos para os cofres do clube.
Neste momento o clube deveria usar a inteligência e criatividade para diminuir os reflexos negativos da pandemia que afetou o mundo.
Temos 40 milhões de potenciais consumidores, sendo este nosso maior patrimônio !!
De fato ocorreu:
1 – Fulga de patrocinadores ou não cumprimento das obrigações contratuais.
2 – Perda em bilheterias.
3 – Diminuição do número de sócios.
Para ocorrer uma diminuição do prejuízo financeiro, nosso clube deveria inovar em suas plataformas digitais.
Aproveitar o momento em que boa parte população está em distanciamento social e investir em conteúdo digital.
Atraindo a atenção de novos parceiros e patrocinadores !
Como ser certeiro diante de um cenário de absoluta incertezas, caro Anderson?
A julgar pelo empréstimo feito pela diretoria não os vejo imaginando que as coisas não vão voltar a normalidade. Bap falou e fez bobagem. Não é hora de comprometer finanças se você não sabe como e quando terá receitas. Aqui, definitivamente, não foram certeiros como destacou o amigo.
Algumas grandes empresas falam em cinco ou mais anos para as coisas voltarem ao normal. Se as grandes estão pessimistas, o que esperar das pequenas e médias empresas?
Já há quem defenda estádios vazios até o final desse ano. Isso gerará um efeito cascata terrível financiamente. Pratricinadores, TV, bilheteria, Sócio Torcedor, etc, quanto se vai receber de cada um (se receber)? Uma verdadeira pandemia financeira acontecerá em todo o esporte e de forma mais contundente àqueles que gastam bilhões como futebol, basquete, automobilismo, etc.
É caro Kleber e amigos, impossível fazer qualquer prognóstico nesse momento. Ser certeiro então como enfatiza o amigo Anderson, é como atirar no escuro.
Para os clubes (e empresas em geral): os barcos estão parados por falta de vento e a regata foi suspensa, mas – quando voltar a ventar – sairá na frente quem estiver com as velas a prumo, tripulação embarcada e, principalmente, sabendo para aonde ir! Façam o dever de casa!
Mas para quem vivia com seus barcos furados e cheios de remendos, toda negociação será pouca.
Todos estaremos menores do que estávamos antes, mas o Flamengo está fazendo seu dever de casa e tem a possibilidade de estar ainda mais distante dos demais!
O Flamengo é o clube da série A que está mais seguro nessa crise, além de ter as contas controladas venderão muito bem, na hora certa os seus filhotes do Ninho.
O que pega caro amigo Helder, é não cagar na saída, como por exemplo, tentar lobby na federação carioca para retomada de jogos, ainda que de portões fechados.
Parafraseando Eike Batista, toda boa gestão há que se ter uma visão 360 graus.
A cúpula do Flamengo quer a volta. E tendo isso posto, os atletas, comissão técnica e funcionários, pensam da mesma forma?
Os patrocinadores pensam da mesma forma?
Os torcedores pensam da mesma forma?
Os rivais pensam da mesma forma? Sim porque sem rivais não há campeonatos.
Não é mais fácil e honesto esperar as autoridades de saúde darem o aval , caro Helder?
Todo mundo terá que se readequar. Em todas as áreas da vida.
Quando houver o retorno de jogos, lazer, etc, o cidadão vai desembolsar R$ 100, R$ 200 para ir a um jogo sendo que a empresa dele ficou fechada por meses, ele foi demitido, seu comércio não fatura nada? Vai gastar R$ 40 para ir ao cinema? R$ 200 para jantar fora com a patroa? R$ 250 para um show?
O valor do dinheiro precisará ser revisto, inclusive nos salários de jogadores, treinadores. R$ 1 milhão por mês a um jogador será utopia até por que haverá empresas dispostas a patrocinar clubes? Haverá bilheteria, compra da camisas (R$ 300 cada peça), etc?
Ou todo mundo se adapta aos novos valores ou em 2, 3 anos estará todo mundo quebrado.
A única coisa que me intriga é um clube como o São Paulo, devendo R$ 6 milhões ao Daniel Alves, cortando salários, falando em prejuízo anual de R$ 100 milhões, falando em trazer o Cavani.
Pode ser que sim, Henrique.
Pode ser que exista uma demanda reprimida e mesmo que os jogos tenham portões fechados, tenhamos por exemplo, um aumento de PPV.
E se tem aumento de PPV, o clube gera receita.
Mas no geral eu tendo a concordar com você.
Pegando uma carona no comentário acima do Geraldo César, assisti à entrevista de nosso ex-presidente e fiquei pensando o que leva uma pessoa que presidiu um Clube com status de Nação durante seis anos, com brilhante desempenho econômico-financeiro mas nem tanto no Futebol, afirmar textualmente que, se estivesse ainda na Presidência do clube na época da tragédia, ou seja, 39 dias depois de deixar o cargo, a mesma não teria ocorrido.
A não ser que comprovasse que teria ordenado a retirada dos meninos dos contêineres no último dia de seu mandato, passando essa informação para o presidente atual, e Rodolfo Landim não a tivesse providenciado.
Caso não possa provar isso, sinto muito, mas não dá pra tirar da reta. Não foi intencional, foi uma fatalidade, mas não dá pra botar só na conta da administração atual.
Perdoem-me os defensores incondicionais do ex-presidente aqui no Blog, mas é a minha opinião.
SRN.
Tão elementar a declaração de Bandeira, não vejo nada demais. Ele foi perseguido pela atual administração, com tentativa de afasta-lo do quadro de sócios e só não ocorrendo porque o presidente Kleber e o presidente Marcio Braga agiram em seu socorro e na correta aplicação da justiça. Aí querem que o sujeito seja bonzinho? Voces parecem não saber quem é o atual vice geral do clube ou fingem não saber. Bandeira é o principal responsavel pelo sucesso do clube na parte financeira e ja disse algumas vezes, gostaria de votar nele e em Kleber Leite para administrar o Flamengo..
Até porque, amigo Gustavo, o texto não segue a realidade do que foi dito pelo ex presidente.
“Passei seis anos no comando do clube e nada aconteceu. Se lá estivesse, tenho QUASE certeza que aquilo não teria acontecido”…
A distância do advérbio é mínima. Mas existe…
E outra! Assim que ocorreu a tragédia, ELE se prontificou a ajudar os atuais gestores, e eles rechaçaram imediatamente.
Egon, meu Guru Adjunto. Não tive intenção de defender a administração atual. Não participo nem tenho conhecimento da política do clube.
Só dei minha opinião sobre o que vi. Talvez se só tivesse lido a entrevista, o “quase” faria muita diferença; vendo a expressão dele na fala, pra mim não fez tanta.
Mas, deixa isso pra lá, as duas correntes políticas que cheguem a um consenso. Eles brigando já ganhamos quase tudo ano passado, imagine eles se entendendo…
Grande abraço!
Caro Kleber
A palavra chave é readaptação. Logo, o Flamengo terá que trabalhar de forma certeira. Ou seja, diminuir a folha de pagamento bruscamente, assim não alternativa a não ser diminuir os gastos. Não poderemos mais nos gabar de outeo patamar. Temos é que trabalhar quietinho e, principalmente, com algo que não fazemos: trabalhar com a base. Portanto, trabalhar com menos e fazer o mais. Que a torcida entenda se for necessário se desfazer de alguns atletas, porque a grande maioria não aceitará redução de salário. Ou o Flamengo se adapta a nova realidade se desfazendo de alguns medalhões que ganham muito e produzem pouco, cito: Diego, Diego alves, etc ou lá na frente voltaremos ao passado.
SRN
Concordo com o comentário do Ricardo Rocha e acrescento que não entendo como num momento desses de isolamento social, em que diversos artistas promovem Lives no Brasil e no Mundo para arrecadar recursos para combate à Pandemia, nossos craques desaparecem da mídia, só dão entrevistas à FlaTV.
Nosso potencial de 40 milhões de torcedores está sendo desperdiçado. Imaginem se o clube coordenasse uma campanha nacional de ajuda aos mais necessitados nesse momento. Seria fantástico.
Precisamos sim preparar o retorno gradativo pós-pandemia, mas devemos cobrar um engajamento maior do clube e seus profissionais em ações concretas, usando a Internet e suas redes sociais, não apenas para mostrarem dancinhas e outras futilidades, mas para ajudarem quem precisa.
Quantos milhares de torcedores de baixa renda, que só conseguiram ver seus ídolos de perto naquela carreata histórica na Presidente Vargas, poderiam ser ajudados nesse momento?
Fica a reflexão…
Em tempo, acompanhei a campanha de doação de álcool em gel a comunidades carentes, mas acho muito pouco para o tamanho e o potencial de nossa Nação.
( …) nossos craques desaparecem da mídia, só dão entrevistas à FlaTV.
Isso é fácil explicar Fernando.
Falam somente com a FlaTV para gera receitas ao clube. Simples assim.
Anderson, não tenho o mínimo de conhecimento das finanças do clube para argumentar com você que é craque nesse assunto.
Sempre acompanho seus posts para me manter bem informado.
Talvez você tenha acesso aos números da audiência da FlaTV comparados com os canais tradicionais. Mas, se o faturamento a está sendo bom, vá lá. Ainda mais num momento desses.
Porém, acredito que mais pra frente isso poderá incomodar os patrocinadores. Provavelmente eles vão preferir que suas marcas apareçam mais na mídia tradicional do que na Tv do clube.
Acredito que a FlaTV é muito importante como canal de comunicação comm os torcedores.
Entretanto, a essência do jornalismo na minha opinião é o contraditório, ouvir sempre os dois lados. Nosso guru do Blog sempre foi um Mestre nisso.
Desculpem se meu comentário parecer simplório ou infantil pois muito pouco entendo de finanças, administração, negócios de um modo geral, mas pra mim o Flamengo se encontra em uma “perfect storm”. Explico: nossos gastos cresceram de modo absurdo no ano passado, o que foi recompensado pelos títulos e pela arrecadação recorde. Mas as renegociações de alguns contratos (aumento de salário para jogadores, Gabigol, etc.) aumentaram ainda mais esses gastos, tudo com vistas no promissor 2020 que se anunciava pré pandemia. Agora, as receitas para esse ano… entenderam onde quero chegar? Vejo nosso departamento financeiro de mãos amarradas nesse contexto. Mas, claro, se tem uma coisa que esse pessoal conhece é lidar com as dificuldade e “facilidades” do dinheiro. SRN