E agora?

Acabo de receber, enviada pelo querido amigo Getúlio Brasil, matéria do Globoesporte.com.

A matéria, muito boa, atual, oportuna e animadora, dá conta de que Rodolfo Landim aceita ser o candidato da pacificação, desde que, Wallin Vasconcelos e Eduardo Bandeira de Mello aceitem. Wallin já concordou. Eduardo, disse não.

Segue abaixo a matéria (a versão original, no Globoesporte.com, pode ser lida aqui).


Landim aceita ser candidato pelo fim do racha; Bandeira nega composição

Landim (à esquerda) atualmente é o vice de Wallim na chapa "Vencer, vencer, vencer" (Foto: Fred Gomes)

Landim (à esquerda) atualmente é o vice de Wallim na chapa “Vencer, vencer, vencer” (Foto: Fred Gomes)

Embora o presidente Eduardo Bandeira de Mello tenha dito que não está em discussão a possibilidade de reunificar o grupo que venceu a eleição de 2012, representantes da chapa “Vencer, vencer, vencer”, cujo candidato é Wallim Vasconcellos, ainda acreditam no fim da cisão. Vice de Wallim, Rodolfo Landim é tratado como o possível “pacificador”. Embora garanta que postular à cadeira mais importante do clube nunca tenha sido uma de suas prioridades, Landim admite assumir o desafio com o intuito de estancar a ferida aberta em 22 de julho, dia em que integrantes dos dois lados tentaram evitar um enfrentamento entre cabeças da “Chapa Azul”.

– Ser presidente nunca foi minha prioridade, mas, se for para unir todo mundo, eu aceito. Porém tem que ser agora, antes da homologação das chapas (que vai até 30 de setembro). Aceito agora (ser candidato). Esse papinho de unir lá na frente, no meio do processo, comigo não cola – disse Landim.

Rodolfo Landim sustenta que foi convidado há cerca de um mês por Bandeira para ser o candidato do grupo vencedor do pleito passado e que, caso aceitasse a proposta, o presidente desistiria de tentar a reeleição. Todavia, o ex-vice de planejamento tem dúvidas da firmeza do que garante ter ouvido do atual mandatário rubro-negro

– O Eduardo sabia que eu não queria ser candidato e talvez por isso tenha me convidado há mais ou menos um mês, antes daquela reunião (do dia 22 de julho). O Pedro Iootty (vice-presidente da Secretaria Geral) me procurou três vezes antes de ele me fazer esse convite, então o Eduardo sabia que minha resposta seria não. E ele sabia que o Wallim queria (ser presidente). O pessoal do SóFla (grupo político que apoia Bandeira) vive me dizendo: “Ah, o Bandeira vai se candidatar porque você não quis”.

Landim afirma que Eduardo já deveria ter abdicado de sua candidatura por Wallim Vasconcellos.

– Acho que pelo fato de o Wallim ter ido buscá-lo pela mão no BNDES, esse processo tinha que ser mais simples. Eu quem conhecia o Eduardo, e o Wallim me procurou para saber sobre ele, se eu tinha algo contra ele. Mas ele que fez questão de trazê-lo. Seria mais simples abrir mão em prol do Wallim. Agora por que ele não faz isso eu não sei – encerrou.

Bandeira nega composição e convite

Eduardo Bandeira em treino do Flamengo (Foto: Cahê Mota)

Eduardo Bandeira em treino do Flamengo (Foto: Cahê Mota)

Perguntado se de fato fez o convite a Landim pouco antes da reunião que consolidou o racha da “Chapa Azul”, Eduardo Bandeira de Mello, num extenso e-mail, negou. Apesar disso, fez diversos elogios a Landim e admitiu considerar o ex-correligionário como uma pessoa capaz de assumir a presidência do Flamengo.

“Em outubro de 2014, fui consultado pelo próprio Rodolfo Landim sobre a possibilidade de ser o candidato do grupo à reeleição. A partir daí, fui confirmado como candidato pela unanimidade do grupo, o que foi reiterado em várias reuniões até o fim de janeiro deste ano.
 
Em fevereiro, o Bap deixou a vice-presidência de Marketing e anunciou que formaria uma chapa para concorrer à presidência.
 
Em junho, cerca de duas semanas antes da reunião em que a dissidência se concretizou, o Rodolfo esteve na minha sala para conversar sobre a situação criada pelos ataques que o BAP vinha fazendo desde sua saída. Disse que vinha tentando contornar a situação e que intensificou seus esforços por ocasião da final da Champions League, em Berlim. Disse também que, após a volta de Berlim, começou a sentir que o Wallim iria se lançar como o candidato da dissidência. Disse que, se isso viesse a acontecer, se veria numa situação delicada, dadas as ligações pessoais e compromissos assumidos por ele antes da minha entrada no grupo.
 
Na ocasião, disse a ele que lamentava a situação criada e que eu só era candidato pelo pedido feito por todos. E que naquele momento não poderia recuar, uma vez que já havia recebido apoio da maioria dos integrantes do nosso grupo, além de uma ampla base de sócios. Disse ainda que os ataques do Bap haviam tornado a situação irreversível.
 
Disse também que eu o considerava um excelente nome para a presidência do clube e que lamentava ele não ter tempo nem condições profissionais para ter se apresentado como opção. Perguntei ainda se ele via condições de se candidatar em 2018, tendo mais três anos para se planejar, ao que ele respondeu que tinha compromissos firmados com investidores que confiaram nele e que nem em 2018 se via liberado para a missão.
 
Em 22 de julho, houve a reunião do grupo em que Wallim, Rodolfo e Gustavo explicitaram a intenção de concorrer contra nós e, em datas posteriores, e em clima amistoso, combinei com cada um deles o processo de exoneração.
 
Embora tenha profundo respeito por todos os rubro-negros que legitimamente se colocaram em uma posição contrária à nossa, em nenhum momento fiz qualquer acordo no sentido de abrir mão da candidatura, até porque essa seria uma decisão a ser tomada pelo conjunto dos grupos que formam a nossa chapa”.

Pedro Iotty nega tentativa de fazer de Landim candidato

Citado por Rodolfo Landim, o vice-presidente da Secretaria Geral do Flamengo, Pedro Iootty, deu versão diferente. Iootty, aliás, disse ter sido convidado por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, a ser o candidato de consenso da “Chapa Azul”. De acordo com o grupo político SóFLA (Sócios pelo Flamengo), o ex-vice de marketing não aceita que Bandeira tente a reeleição.

– Landim não poderia ser o candidato por indisponibilidade profissional. Talvez, por isso, o Bap tenha resolvido me convidar para ser o candidato a presidente na chapa. Essa alternativa não seria possível por muitas razões, sobretudo, por eu entender que o Eduardo é o nome mais apropriado. Essa é a minha posição pessoal e é a do SóFLA, grupo de que faço parte, e também foi manifestada pelo próprio Landim, reiteradas vezes durante as muitas conversas que tivemos no intuito de manter a unidade do grupo.


E agora?

Sugestão – Todos que acham ser esta uma oportunidade extraordinária para o Flamengo, devem trabalhar junto ao atual presidente, no sentido de que ele abra mão da candidatura, como já fez Wallim Vasconcelos.

Plano B – Se Eduardo não concordar, mutirão, no sentido de Rodolfo Landim enfrentar Eduardo.
Perder a oportunidade de ter Rodolfo Landim na presidência é impensável, para quem o conhece e quer o melhor para o Flamengo