Amanhã, teremos eleição na “Dona FIFA’ que irá apontar o novo presidente. Há algo que sempre me chamou a atenção e que agora vou ter a oportunidade de discutir com vocês.
O colégio eleitoral que vai decidir quem será o novo presidente, é composto da seguinte forma, continente a continente:
Olho para este quadro e começo a indagar:
- Que peso teve o continente asiático para o futebol ser o esporte mais popular do mundo? Idem para América do Norte e Central. Idem para a Oceania.
- Quantas vezes uma seleção do continente asiático ganhou a Copa do mundo? Idem da América do Norte e Central. Idem da Oceania.
- Que grandes ídolos do futebol produziram estes já citados continentes?
Sei que o continente sul-americano é composto por 10 países, como também sei, vendo este mapa eleitoral que, apesar da sua brutal importância no mundo do futebol, com 14 presenças em finais de Copa do Mundo – e com nove títulos conquistados – além de ter produzido vários reis, como Pelé, Maradona, Garrincha, Messi e por aí vai… o continente sul-americano é zero à esquerda na hora da mais importante decisão da FIFA, qual seja eleger o seu presidente.
Não somos nada. O nosso peso, ao contrário da nossa importância no mundo do futebol, é zero.
Que diabo de critério é esse? Já que a FIFA prega tantas mudanças, por que não começar por aqui?
É o drama de todas as federações no mundo. Qual a lógica do Flamengo valer o msm na eleição da CBF que uma Luverdense?
O modelo de gestão “amadora” das federações é o responsável pela crise global que o futebol atravessa. Enquanto isso não mudar, viveremos saindo de uma crise para cair em outra.
Simples … porque quando explodiu o assunto corrupção na Fifa, os grande nomes eram da Concacaf e Comenbol, com Marin preso, Del Nero sem poder sair do Brasil entre outros tantos dirigentes presos e sendo investigados a Fifa jamais abrirá portas politicas na América do Sul, o Mercado Sul Americano está 100% enfraquecido com a Fifa, pelo menos nas questões politicas. (por enquanto).
kleber, sempre leio o Blog e pela primeira vez irei me manifestar e escolho o tema da votação para a presidência da FIFA. O ideal para nosso continente seria uma união das Américas, pois a forma de divisão atual nos enfraquece nas questões política, técnica e comercial. Afinal uma unificação seria a “solução” para que tenhamos uma evolução do futebol no nosso continente, já que a distância entre nós e a Europa está ficando cada vez maior. Grande Abraço!
Caro Kléber! São pontos colocados de forma inteligente (sempre) e sensata, porém, a força financeira de alguns continentes se sobrepõe a força vencedora do futebol e de grandes celeiros de craques aqui na América do Sul! E o pior: nossos craques sempre deixam o país, bem como dos nossos vizinhos! Basta ver o trio do Barcelona e tudo se entende! O dinheiro manda no mundo! SRN
Números altamente preocupantes, não se tinha ideia clara do descaso da FIFA para com o Futebol Sul-americano e por consequência o brasileiro. Décadas de um brasileiro a frente da entidade e nem assim respeitaram o nosso futebol.Acho que a tradicional politicagem eleitoreira é quem comanda essa divisão danosa para o futebol do nosso continente….
Anca, meu queridíssimo e ilustre amigo. O descaso do futebol brasileiro é processo interno, caseiro, da nossa cultura mesmo, nada tem haver com a Fifa (que aliás, do ponto de vista técnico, faz um bom trabalho em prol do futebol mundial em linhas gerais)! As recentes reformas da Lei do Futebol aprovadas no congresso nacional brasileiro, entregou aos clubes 70% do poder sobre a gestão do futebol em 2015. Acontece que os clubes não têm projeto, consenso, expertize , liderança, nem vontade política para tocar o futebol brasileiro (imagina por exemplo se o Flamengo quereria fundar a liga para o Brasileirão, e colocar o Vasco nela como membro fundador e assim tira-lo da 2o. divisão?). Deram a faca e o queijo na não deles, e os clubes os entregou a CBF em 2016.
Certos cálculos numéricos, se feitos e refletidos corretamente, nos indicaram uma resultante, a resultante da direção em que se deseja seguir.
Quanto a isto, o futebol mundial, que sempre foi América do Sul e Europa, passa a atender áreas mais populosas e economicamente mais fortes (excluindo-se a América do Sul como centro de poder). Essa é a direção da Fifa, maximizar o futebol para novos mercados. Justo? Injusto? Sim, não, muito pelo contrário! Depende de que prisma se vê o assunto. Caso seja pela lógica do poder, o poder da massificação, da audiência (econômica), pode-se entender (não aceitar) essa equação. A mim me parece uma gestão pura de uma empresa multinacional. Assistimos a terceira conquista consecutiva de uma seleção do continente Europeu de uma Copa do Mundo, com êxodo massificador dos jogadores do nosso continente, talvez ai possamos entender na prática o resultado desta equação para nós da América do Sul.
Essa eu não entendi, desde se não me engano domingo, não faço nenhuma postagem no ilustre Blog do Kleber Leite. Até concordo com o texto, que é sensato, mas só que NÃO foi o Anca quem escreveu….estranho !!!
Até tb não….Anca