Estou em Punta del Este, cidade para a qual meu coração se entregou e, não é de hoje.
Aqui, tenho um irmão de vida, Atílio Garrido, escritor, jornalista e historiador. Aqui tive e continuo tendo um dos meus ídolos, Carlos Páez Villaró, um dos mais importantes artistas plásticos do nosso continente, criador de Casapueblo. Aqui tenho queridos amigos, uruguaios e argentinos, que me proporcionaram momentos adoráveis. Aqui tenho uma verdadeira, descarada, invasão de poesia e beleza adentrando minha alma. Em síntese, amo, adoro, este pedacinho de terra tão especial. Não há nenhum lugar no mundo onde melhor me encontre comigo mesmo.
Cheguei em Punta e saí por aí com meu irmão Atílio para ter uma pulsação do jogo. Para quem desconhece, o Uruguai – em especial a cidade de Punta del Este – recebe, infinitamente, mais gaúchos e paulistas do que cariocas. De cara, uma cena curiosa. Dois torcedores, caminhando descontraidamente, em um papo muito animado. Um com a camisa do Flamengo, outro com a do Palmeiras.
Daí para frente, um mar vermelho e preto, nas ruas, nos botecos e restaurantes. Só deu Flamengo!!! Interagi com muitos rubro-negros e voltei para “El Último Round”, casa de Atílio (em Punta as casas não têm número, têm nome), com a certeza de ter aprendido, de forma definitiva, que nada nesta vida pode se confrontar com este inexplicável amor pelo Flamengo. O torcedor é sábio. Vai dormir enlouquecido com aquela noite estranha, do jogo contra o Grêmio e, ainda de ressaca, esquece tudo em nome do amor maior. Errei, pedindo, quase implorando, que contivéssemos a revolta após aquela absurda noite do jogo contra o Grêmio, em nome de um bem maior, o título da Libertadores. Não precisava pedir. A sensibilidade de quem ama este clube apaixonante é enorme. O torcedor de verdade sabe separar as coisas.
Estou aguardando meus filhos e netos, na esperança de um momento único, mágico, que não tem preço.
Enquanto isso, vou curtindo este fantástico mar vermelho e preto que invadiu o Uruguai.
Uma loucura!!!
Que alegria, Kléber!
Nosso time é melhor!
Se empatarmos na vontade, a qualidade dos nossos craques com certeza irá sobressair.
Seremos (TRI) campeões!
SRN!!!!
Presidente, tenho certeza, convicçao que o senhor assistira a melhor atuaçao do Flamengo no ano. Seremos campeões e iremos em busca ao mundial que dessa vez vai vir. Flamengo abriu mao do brasileiro porque o Atletico foi muito mais competente. A hora e agora, campeao da libertadores e bi mundial.
Amigo Kleber,
Que passe uns dias maravilhosos, tome um vinho, e no sábado traga o título!
Abraço grande!
👏👏👏👏👏 Kleber, espetacular meu querido amigo de sempre.
Saudações rubro-negras. Forte abraço, saudades.
Excelente Kleber. Eu já estive em Casa Pueblo. Linda a foto com Carlos Páez Villaró
É isso, Kleber!
Ser Flamengo é um estado de ser diferente.Só quem é sabe.É viver com sorriso largo, com a chama ardente de uma paixão adolescente a todo instante, e não se conter de tanta felicidade, é perder noite de sono com uma derrota, mas no dia seguinte se levantar, olhar no espelho, olhar para o retrovisor, e sentir orgulho de quantas alegrias, quantas títulos, quantos gritos de gol e campeão esse clube tão apaixonante nos deu e dá.Só esta ano já fomos 3 vezes campeão e podemos ir pra quarta conquista.Que outro clube fez essa façanha? Nos últimos 3 anos ganhamos quase tudo.Que outro clube foi tão vencedor? .O Flamengo é tão empolgante que se a gente for no Polo Norte é capaz de encontrar algum Pinguim vestido com a camisa Vermelha e Preta.Fico feliz dessa sua felicidade ser ainda mais ampla por estar em um cantinho que você ama, te renova, te inspira.Há pouco assisti o RJTV2 e fiquei emocionado de ver a festa que essa torcida maravilhosa está fazendo no centro de Montevideu, com samba, chopinho gelado, cantando nossos hinos, encantando o povo Uruguaio.Somos mais que um mar.Somos um Tsunami porque invadimos e tomamos conta de tudo.É certo que temos uns ranzinzas, uns chatos, que sempre vão reclamar de qualquer coisa, mas isso tem em tudo que é família.Por que não teria na família rubro negra? Mas são minoria, e acabam se rendendo ao primeiro gol.Vão de zero a 100, do inferno ao céu, assim que o Vermelho e Preto triunfa sua bandeira.Estou muito feliz de vê-lo feliz.A gente chega em uma idade que muitas coisas no mundo pode nos tirar do sério, mas quando pensamos e vivemos o Flamengo o brilho nos olhos reacende a esperança. O clima do time tá On.O time tá todo junto.Na hora Agá, os reclamões vão estar do nosso lado.Porque uma Vez Flamengo Sempre Flamengo!
Que coisa mais linda, parabéns Luizinho, disse tudo, e mais um pouco !
Off topic
Ao Sr. Ismar Fernando, em resposta a seu comentário -que muito agradeço- ao post anterior
Creio haja algumas confusões.
a) eu também estava atrás do gol defendido pelo Valdomiro no primeiro tempo e não tenho certeza, até hoje, que ele haja falhado, e falhado propositalmente;
b) de fato, o Marco Aurélio não jogou pois estava contundido, mas …
c) o Sidnei, ao contrário do que o Sr. menciona, sequer ainda era goleiro do flamengo, e o Franz, que o Sr. também menciona, não “era jovem” e era até mais velho que o Marco Aurélio e o Valdomiro. Já era até mesmo meio veterano, pois disputara vários campeonatos cariocas como titular do Canto do Rio e, depois, do São Cristóvão. Foi, até mesmo, goleiro da Seleção Brasileira de acesso. E, ….
d) o Franz foi, inclusive, o regra-três do Valdomiro na decisão de 1966. Portanto, não estava contundido
e) finalmente creio o Sr, haja confundido. Realmente houve o lance do Flavio Costa com o nosso muito bom zagueiro Ananias, barrado, “por morar em Bangu”. Mas não foi nesse jogo. A zaga para essa decisão já era Jaime Valente e Ditão. Só que o Ditão estava machucado e o aspirante Itamar, jogou em seu lugar. E o técnico na decisão de 1966 já não era mais o Flávio Costa, mas sim o grande Armando Renganeschi, aliás desde 1965. O Flávio já não era mais o treinador -felizmente para nós- desde o ano anterior e a confusão que ele criou com o excelente Ananias Cruz deu-se no primeiro semestre de 1965, quando o mesmo foi forçado a sair da Gávea e mudar-se para São Januário. Aliás, foi campeão, pelo Vasco da Gama, do torneio Rio-São Paulo de 1966.
Finalmente, queria que o Kleber, o Carlos Egon e outros idosos daqui do blog dessem a opinião deles: Valdomiro estava ou não estava na gaveta do Castor? O Sr. Ismar Fernando é da opinião que sim, estava. Já eu tenho dívidas, porque o Valdomiro continuou a jogar pelo clube depois daquela decisão.
Obrigado pela atenção.
A
Presidente Kleber e amigos, hoje em Montevidéu, presenciei no Mercado do Puerto um espetáculo intenso, vibrante, de energia rubro-negra impressionante, sem nenhum espaço para os torcedores do Palmeiras, nenhum mesmo. Transformamos o Mercado em uma casa do Flamengo em ritmo de músicas e hinos do Mengo querido.
Caro Kleber e amigos!
Belo texto!
Parece que as palavras aqui não são escritas, elas são estreladas do planeta talento. Admiro quem escreve bem e admiro muito quem coloca palavras direto em nossas almas. Parece até que as mãos se paralisam e o coração toma conta da caneta.
E que esse coração que escreve para as nossas almas seja o mesmo que no próximo sábado escreva nem que seja uma única palavra: TRI.
Se não conseguir escrever mais nada saberemos entender.
Que a sorte esteja do nosso lado.
SRN
Belo texto Kléber.
Que possamos sair campeões.
Somos e sempre seremos todos Flamengo.
SRN
Grande Kléber,
Que Sábado seja a melhor e mais encantadora poesia do ano, que os versos e prosas dos nossos guerreiros nos tragam a mágica de uma alegria inexplicável em vermelho e preto, a América Rubro Negra…
SRN
Nós, que somos rubro-negros até morrer, queremos que o Flamengo ganhe sempre e tudo, até cara e coroa. Então, com certeza, sábado comemoraremos a nossa terceira conquista da libertadores.
No entanto, vamos e venhamos, ganhar a libertadores atual nem é essa brastemp toda.
Libertadores de verdade era no início da década de 60, quanto o Santos FC, de Pelé e Cia, ganhava -aqui e lá, ida e volta- do Peñarol, do BocaJuniors, do Nacional, do River Plate, às vezes do Estudiantes e do Independientes, e não como hoje em dia, quando o futebol uruguaio e argentino está em decadência e os outros países latino-americanos são essas venezuelas da vida.
Qual a graça de ganhar das babas de que ganhamos para chegarmos à final de sábado, equatorianas, paraguaias, chilenas, argentinas ?…
Tá certo, a gente foi campeão, a primeira vez, com um timaço, com Zico, mas a final foi contra quem? Contra o Cobreloa, um time de quinta faixa do campeonato chileno, que não jogava futebol mas batia com pedras na mão fechada (Mario Sotto) e que era, por sua vez, um país de terceiro escalão no futebol mundial.
E fomos bi, em 2019, vamos e venhamos, por pura ‘suerte’ como disse aquele pseudo treineiro catalão que trouxeram para cá a peso de ouro. Os nossos jogadores ficaram com raivinha do que disse o catalão, mas a verdade foi essa: pura sorte, o River dominou aquele jogo. Foi vitória emocionante, mas foi `suerte`, estrela do portuga.
A verdadeira Libertadores de outros tempos, era disputada pelos 2 argentinos, pelos dois uruguaios e, no Brasil, pelos três únicos grandes times que possuíamos nacionalmente: além do Santos FC, o Botafogo de Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zagalo, etc e o Palmeiras, que era tão bom, mas tão bom, que era alcunhado de ” a Academia”.
Depois vem o tal do mundial, que vamos jogar contra o Chelsea, em fevereiro.
Ora, em outros tempos, o mundial era com jogos lá e cá, e o Santos FC batia de frente, duas, e até três vezes para desempate, com o Benfica, com o Milan.
Não era essa besteira de Toyota Cup de jogo único contra o pessoal do liverpool que estava bebum, nem esse atual pseudo-mundial interclubes enfrentando mexicanos, sauditas, africanos e asiáticos.’
Hoje a Libertadores de fato é apenas uma taça, uma simples copa, não um campeonato, entre os doze grandes brasileiros que competem para valer no campeonato brasileiro, por pontos corridos, e os dois da Argentina e os dois do Uruguai. O resto não conta.
O que é importante mesmo é ser campeão brasileiro, e esse tri deste ano, inédito, deixamos escapar bobamente, tolamente, mesmo que a cbf tenha feito de tudo para nos prejudicar a dar a taça à galinácea das Alterosas.
Que venha, então, a libertadores fajuta, esse prêmio de consolação para este ‘annus teribilis’ para as cores rubro-negras que foi 2021.
Para tirar uma dúvida, hoje fiz um levantamento de quantos pontos os times conseguiram somar entre os anos de 2020 a 2013
Segue a lista :
510 FLAMENGO
499 GRÊMIO
480 SANTOS
478 CORINTHIANS
476 SÃO PAULO
460 ATLÉTICO MG
451 ATLHETICO PR
448 PALMEIRAS
416 INTER
408 CRUZEIRO
396 FLUMINENSE
328 BOTAFOGO
—————————–
Algumas coias me chamaram a atenção:
1 – Vasco não aparece nessa lista dos 12 primeiros nesse período. Perdeu espaço efetivo para o Atlhetico PR devido aos vários rebaixamentos.
2- Grêmio ganha disparado do Inter, por conta de rebaixamento
3 – Santos é o melhor paulista , nesse período.
4- Palmeiras, mal colocado, devido ao rebaixamento 2012
5 – 35 times diferentes competiram nesse período
6 – Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro foram os campeões nesse período, cada um com duas conquistas
7 – Santos não foi campeão no período, mas foi 2 vezes vice-campeão
8 – Botafogo, ultimo colocado nessa lista, teve o melhor resultado em 2013, chegando em quarto lugar
9 – 2013 foi a pior colocação do Flamengo no período, décimo primeiro lugar
10 – Vasco rebaixado 2 vezes e Paleiras e inter rebaixados uma vez cada
Anderson, e, em 2013, só não fomos rebaixados por casa daquela história até hoje tão mal contada com o jogador da Portuguesa de Desportos.
E aquilo custou à Lusa uma queda progressiva e contínua da qual não se recuperou até hoje, quase às margens da extinção à la América carioca.
E isso tudo por causa da escalação de um horroroso lateral-esquerdo que tínhamos e que se chamava andresantos ou coisa assim. E olha que hoje a gente se permite reclamar do renezinho…
Até hoje não ficou elucidado, também, quem foi, no Flamengo, o responsável pela permissão da escalação do andre santos
A
André Machado, suas informações são todas absolutamente verdadeiras, em relação a fatídica decisão de 1966. Acho sim, que o Valdomiro tava na gaveta do capo Castor..
Senhor Téo, obrigado.
Agora, o fato é que as falhas -que não sei se foram intencionais- do nosso goleiro Valdomiro, ocorreram no primeiro tempo.
Ora, dizem que, no vestiário, no intervalo, o Paulo Henrique acusou o Valdomiro e eles chegaram às vias de fato.
Pergunto, então, porque o nosso treinador, se convencido estivesse da culpabilidade do arqueiro paranaense (de origem familiar ucraniana), não o substituiu para o segundo tempo pelo Franz, que estava na reserva, já que as substituições apenas dos arqueiros eram permitidas pela então chamada “regra 3”?
Esclareço que essa discussão deveu-se a um comentário de um velho rubro-negro, o senhor Ismar Fernando que, comentando o post anterior do Kléber, escreveu que a atitude do Renato contra o Grêmio o envergonhara quase tanto quanto a do Valdomiro em 1966.
Transcrevo um trecho do comentário do Sr. Ismar: “Vibro, torço e, já chorei pelo Flamengo desde 1955/58. Vi de quase tudo do Flamengo. (…) Tenho vivo na minha memória o ano de 1966 quando Valdomiro fez o que fez e, agora, pela primeira vez, vi um técnico do Flamengo entregar o jogo, isso é demais”.
Daí, eu, que pesquiso, há tempos, os anos 60 do Flamengo, com o fito de escrever uma obra a respeito, e que vivo intrigado pelo “mistério de 1966”, aproveitei a deixa para tentar ouvir a opinião de colegas que lá no Maracanã pudessem ter estado naquela decisão.
Eu lá estava, com meu pai, e nós dois não consideramos, na ocasião (nem quem estava perto de nós na arquibancada considerou), as falhas, em dois dos três gols do Bangú, como tendo sido intencionais. Os chutes dos avantes banguenses podiam, sim, ter sido defendidos, mas também podiam entrar com qualquer outro goleiro que não fosse excepcional. E o Valdomiro não era excepcional, era, apenas, um bom, razoável goleiro,mas que estava em excelente forma física e técnica naquela época.
Aproveitando o ensejo, outro “mistério”dos anos 60 que tento elucidar é o da decisão de 1962 contra o Botafogo. O nosso ponta Joel vinha tão bem, por que será que o Flavio Costa o humilhou fazendo-o descer do ônibus que levava o time para o Maracanã, na hora em que passava pelo bairrro do Flamengo onde morava o Joel?
Disse o Flávio, na frente de todo o elenco: “você pode descer aqui mesmo, Joel , já que não vai jogar mesmo”. E o Joel, triste, humilhado e acabrunhado, desceu do ônibus ali mesmo, em frente à sua rua.
Aquela decisão, a de 1962, que foi a primeira a que assisti, de corpo presente, no velho Maracanã, não me sai da cabeça.
Podíamos, mesmo contra o Garrincha, ter sido campeões ali. Bastava-nos o empate, e podíamos tê-lo obtido caso o Flavio Costa não pusesse tudo a perder com o deslocamento do Gérson para a ponta-esquerda e com a barração do Joel, que vinha jogando, improvisado, na ponta-esquerda, para abrir espaço para o então promissor Espanhol (que, por sinal, jogou pessimamente mal naquela decisão, sendo completamente anulado pelo Rildo.
Venho escrevendo, inspirado pelo livro do saudoso Paulo Perdigão, “Anatomia de uma derrota” (no qual ele refaz a final de 50 perdida para o Uruguai, imaginando um final ficcional no qual Bigode barra Gighia e Barbosa pega o chute e somos campeões do mundo), um romance onde Gérson joga a final de 1962 no meio-campo junto com seu parceiro Carlinhos, onde Joel é mantido no time e escalado na ponta-direita e onde o Alfredinho ocupa a ponta-esquerda. Com esse time arrancamos um empate dramático no último minuto, com um gol de Dida, e somos campeões de 1962, e bi campeões em 1963.
Pela ficção a gente pode sonhar livremente e isso tem aliviado a minha tensão para o jogo de sábado e minora a minha tristeza pelo que ocorreu terça-feira passada no jogo contra o time para o qual o Lupiscínio Rodrigues compôs aquele tão belo hino.
A