O presidente da ANAF, Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, irado com as críticas aos árbitros que estão atuando neste Campeonato Brasileiro, ameaça uma paralisação nacional na arbitragem como forma de protesto pelas críticas que, segundo ele, os árbitros estão sendo vítimas.
Para as últimas arbitragens, que efetivamente foram confusas, há uma série de argumentos de defesa, sendo que a principal, ao meu ver, fica por conta da enorme facilidade em detectar os equívocos em função do aprimoramento da tecnologia. Bom lembrar que há partidas transmitidas pela televisão em que são utilizadas até 20 câmeras, e bom não esquecer que este é um fator decisivo para que qualquer dúvida seja dissipada. Talvez, com a introdução da tecnologia nos jogos, a maioria dos erros possa ser corrigida, a exemplo do que vem acontecendo nos desafios do tênis e do vôlei.
Citei apenas um argumento de defesa. Há outros, como por exemplo, a pressão de alguns dirigentes, que acaba interferindo no emocional da arbitragem.
Tudo bem discutir o tema. Agora, ameaçar paralisar o campeonato é uma atitude pior do que todas as arbitragens ruins somadas. Isto me faz voltar no tempo. Houve certa vez, por parte dos árbitros cariocas, a mesma ideia de paralisar o campeonato. O presidente da Federação era o saudoso Otávio Pinto Guimarães, que não se rendeu à ameaça, afirmando que a rodada seria realizada de qualquer maneira, inclusive com a possibilidade de três torcedores por jogo serem escolhidos para apitar e bandeirar.
Não houve esta necessidade, pois se a memória não me trai, a Federação Mineira cedeu seus árbitros para a Federação Carioca e a tal paralisação não deu em nada.
Meu caro Marco Antônio Martins, por favor, menos…